domingo, 9 de janeiro de 2011

EMEF.. "Armelinda Espúrio da  Silva"                                                             
Professora: Gildete

Atividades desenvolvidas com alunos do 5º Ano com o objetivo de desenvolver a habilidade de leitura e expressão oral e escrita.









A Lenda da Iara - Amazônia

          A Iara é uma moça linda, que vive na água. É tão bonita, que ninguém resiste ao seu encanto. Aparece à noite e costuma cantar com uma voz tão doce, que atrai as pessoas e estas, quando se dão conta, já estão sendo arrastadas para o fundo da água.
          Tem um palácio no fundo de um lago, todo construído com pedras preciosas. Suas paredes são feitas de rubis, as janelas de águas-marinhas e a porta é de ouro maciço, fechada por um enorme diamante.
          Dizem que seu canto é mágico e atrai como um ímã. Não se pode fugir dele por mais que se queira. Diz a lenda, que Jaguarari foi atraído por esse canto...
          Jaguarari era um índio muito forte, corajoso e bom. Gostava de remar e o fazia tão bem que até as aves esticavam o pescoço para vê-lo.
          Um dia, Jaguarari partiu muito cedo da aldeia para caçar. Como era um belo dia, resolveu passá-lo na floresta. Encontrou um lago muito bonito e resolveu mergulhar.
          Depois de nadar bastante, deitou-se à beira do lago e admirou o céu. Só quando sentiu fome, saiu para caçar e preparou uma das caças ali mesmo. Comeu e adormeceu profundamente.
Jaguarari despertou quase ao anoitecer e apressou-se em retornar para a aldeia. Mal havia começado a andar, ouviu um canto maravilhoso, mais bonito que o do uirapuru. Sem perceber, foi em direção à origem da melodia e quando percebeu estava novamente no lago onde havia nadado.
          De repente, deparou-se com a Iara, tão linda que nem conseguia tirar seus olhos dela. Já estava quase entrando na água, quando  lembrou  do que os mais velhos contavam sobre a Iara.
          Conseguiu agarrar-se num tronco de árvore na beira do lago. Como era muito forte, segurou alguns cipós próximos e conseguiu se afastar.
          Quando chegou à aldeia, sua mãe percebeu que ele estava diferente, mas Jaguarari não contou à ela o que tinha acontecido...  disse  que era cansaço.
          Nos dias seguintes, continuava preocupado e triste, o que não era comum nele.
          Quando saía para pescar, passava a maior parte do tempo junto ao lago, esperando ver a Iara, que não aparecia.
          Com o passar dos dias, foi ficando mais impaciente e resolveu voltar ao lago. Como ele demorou a voltar para a aldeia, alguns índios foram procurá-lo. Perto do lago, um dos índios o avistou, em pé numa canoa, acompanhado por uma linda moça. Essa foi a última vez em que alguém o viu...

( adaptado de ‘Histórias e Lendas do Brasil’ – Editora Apel )

Atividades
1.      Há muitas lendas sobre a Iara no Brasil. A lenda que você leu pertence à qual lugar?
Resposta: ____________________________________________________
2.     Como era a casa de Iara, de acordo com a lenda?
Resposta: ____________________________________________________
_______________________________________________________________
3.     Quem era Jaguarari?
Resposta: ____________________________________________________
_______________________________________________________________
4.     Como Jaguarari sabia que era Iara quem o atraía ao lago?
Resposta: ____________________________________________________
_______________________________________________________________
5.      Jaguarari conseguiu fugir da Iara, mesmo hipnotizado por seu belo canto. Pode-se dizer que isso é realmente verdade? Por quê?
Resposta: ____________________________________________________
_______________________________________________________________
6.      Lendas são narrativas inventadas pela cultura local e transmitidas de geração para geração. São sempre baseadas em algum fato ou fenômeno. Seu objetivo é explicar por que algo acontece. Por que você acha que os índios criaram a Lenda da Iara?
Resposta: ____________________________________________________
_______________________________________________________________
7.      Desenhe, no seu caderno, a parte da história que tenha considerado a mais emocionante.
8.       Imagine como Iara ficaria furiosa ao ver a condição degradante que se encontram os nossos rios. Escreva uma carta para ela pedindo ajuda na recuperação dos  rios, usando argumentos que a convençam de realizar essa missão.
9.         Releia:  “ A Iara é uma moça linda, que vive na água. É tão bonita, que ninguém resiste ao seu encanto. Aparece à noite e costuma cantar com uma voz tão doce, que atrai as pessoas ...” O que observa-se neste trecho ?
(   ) O autor apresenta o enredo da história.
(   ) O autor apresenta o cenário.
(   ) O autor apresenta a personagem principal.

10.  Como ficaria o trecho citado na questão 9 na fala da própria personagem?
Resposta: ________________________________________________________






A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA

         Estava uma noite muito quente. O luar era tão claro, que se enxergava quase como se fosse de dia. Perto da lagoa havia uma importante tribo de índios, que hoje já não existe. Entre os índios, havia um velho chefe, muito procurado pelas crianças, que gostavam de ouvir as suas histórias.         Como a noite estava quente e o luar muito lindo, o velho cacique tinha-se  sentado muito perto da lagoa, para descansar e apreciar aquela beleza. Logo que as crianças descobriram que ele estava ali, foram sentar-se perto dele. Pediram que lhes contasse uma história. O cacique, porém, estava tão distraído,  admirando a vitória-régia, que nem se apercebera da chegada das crianças. (...) Por fim sorriu-lhes.        
         - O que estava a ver com tanta atenção? - perguntou uma.        
        - Aquela estrela! Aquela bonita estrela - respondeu o cacique, apontando para a vitória-régia.        
          As crianças ficaram admiradas e trocaram um olhar significativo. A vitória-régia era uma estrela? Pobre cacique! Ele percebeu o espanto das crianças e disse-lhes:        
          - Não tenham medo! Não fiquei doido, não. Não acreditam que a vitória-régia seja uma estrela? Então ouçam:  
         " Há muitos e muitos anos, nem eu sei quantos, na nossa tribo vivia uma índia, muito jovem e muito bonita, a quem tinham contado que a lua era um guerreiro forte e poderoso. A moça apaixonou-se por esse guerreiro e não quis casar-se com nenhum dos índios da tribo. Não fazia outra coisa senão esperar que a lua surgisse. Aí, então, punha os olhos no céu e não via mais nada. Só o poderoso guerreiro. Muitas vezes, ela saía a correr pela floresta, os braços erguidos, procurando agarrar a lua.
          Todos na tribo tinham pena da índia, pena de vê-la dominada por um sonho tão louco.
        

           E o tempo foi passando... contudo, o sonho não deixava a pobre moça em paz.          Queria ir para o céu. Queria transformar-se numa estrela, numa estrela tão bonita, que fosse admirada pela lua.  Mas a lua continuava distante e indiferente, desprezando o desejo da jovem.    Quando não havia luar, a rapariga permanecia aborrecida na sua oca, sem falar com ninguém. Eram inúteis os esforços dos amigos e parentes para que ela ficasse com as outras moças. Continuava recolhida, silenciosa, até a lua aparecer novamente.        
          Numa noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, transformando em prata a paisagem da floresta, a moça repetiu a sua tentativa. Chegando à beira da lagoa, viu a lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditou que ela tinha descido do céu para se banhar ali. Finalmente, ia conhecer o famoso e poderoso guerreiro. Sem hesitar, a índia atirou-se às águas profundas e nadou em direção à imagem da lua. Quando percebeu que tinha sido ilusão, tentou voltar, mas as forças faltaram-lhe e morreu afogada.        
          A lua, que era, como eu disse, um guerreiro forte e poderoso, uma espécie de deus, viu o que tinha acontecido e ficou compadecida. Sentiu remorso por não ter transformado a formosa índia numa estrela do céu. Agora era tarde. A moça ia pertencer, para sempre, às águas profundas da lagoa. Porém, já que não era possível transformá-la numa estrela do céu, como ela tanto desejara, podia transformá-la numa estrela das águas. Uma flor que seria a rainha das flores aquáticas.        
           E, assim, a formosa índia foi transformada na vitória-régia. À noite, essa  maravilhosa flor abre-se, permitindo que a lua a ilumine e revele a sua impressionante beleza.
Histórias e Lendas do Brasil (adaptação)
Desenvolvimento:
1 - Leitura silenciosa do texto, anotando todas as palavras, expressões ou partes que não tenha entendido no caderno. Sentar-se com um colega e discutir com ele sobre o que anotou. Escrever as respostas. Consultar o dicionário, caso seja preciso.
2 – Leitura em voz alta (feita por um aluno ou professor).
3 - Que características possui esse texto para ser considerado uma lenda?
3 -  Esse texto pode ser dividido em duas partes, pois ele nos conta, na verdade duas histórias. Em que parte podemos fazer essa divisão?
4 –  Em sua opinião, o que pode ser considerado fantástico nessa história?
5 -  O que você achou do final da história? Se tivesse que mudá-lo, o que mudaria?
6 – Conversa sobre a situação dos rios atualmente.
7- Produção de texto
a)     Listar no caderno personagens folclóricos conhecidos.
b)      Escolher personagens da lista e redigir um rascunho de uma narrativa, seguindo o roteiro:

.  Título.
 . Tipo de narrador (narrador – observador ou narrador – personagem).
.   O lugar onde acontece a história.
.  Elementos para deixar a história emocionante.
.  Letra legível

Texto informativo

A VERDADE

            Na verdade, a Vitória Régia é uma planta aquática da família das ninfeáceas, encontrada muito na flora Amazônica, principalmente nas várzeas, onde são vistas flutuando nos lagos de pouca profundidade e sem muita correnteza. Sua gigante folha verde chega a medir dois metros de diâmetro e tem as suas margens levantadas até quinze centímetros. Chega a pesar até 45 kg. e serve de pouso a muitas aves cansadas depois de uma longa jornada. Flutuam nos lagos como uma enorme bandeja verde, trazendo em sua extremidade, como uma oferenda, uma única, bonita e exótica flor que se abre no crepúsculo vespertino e fecha-se no crepúsculo matutino. Essa for é muito aromática e tem de 25 a 35 cm de diâmetro quando aberta. Suas raízes fixam-se no fundo das águas e suas folhas e flores, são revestidas de espinhos na parte inferior, numa defesa natural contra a ação predadora dos peixes. As sementes, que se  parecem com grãos de ervilha, podem ser comidas torradas. 
             Além dos lagos da Amazônia, a Vitória Régia pode ser encontrada também em Mato Grosso e nas Guianas. É cultivada como raridade nos Jardins Botânicos de todo o mundo, devido ao tamanho descomunal de suas folhas e flores. Dizem que um naturalista Inglês, querendo homenagear a sua soberana, a Rainha Vitória, foi quem deu o nome a esta flor de Vitória Régia.


Artes

            Depois de todas as informações adquiridas sobre esta imponente planta, chegou à hora de você reproduzi-la.
            Materiais:
·         O fundo de uma caixa de pizza.
·         Tinta cor: verde-claro.
·         Papel crepom cor: branca, rosa e amarela.
·         Cola e tesoura.


Procedimento

Pintar o fundo da caixa de pizza com a cor verde-claro.
Fazer as pétalas do papel crepom nas cores indicadas e colá-las no meio da parte que será a folha.

Observação: Pode-se utilizar pratinhos e copinhos descartáveis. Pinte o prato com tinta acrílica verde e recorte a borda dos copinhos em forma de pétalas de flor. 





Lenda do Curupira

Desenvolvimento
1 - Leitura  oral feita por um aluno ou o professor.

Curupira ou Caipora

            É um mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do “descobrimento”. índios e jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
            É um anão de cabelos vermelhos com pêlos dentes verdes. Como protetor das árvores e dos animais, costuma punir os agressores da natureza e o caçador que mata por prazer. É muito poderoso e forte.
            Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe – do – Mato, Curupira e Caapora. Para os índios guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.
            De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um rolo de fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com ele.

                                                     Fonte: Folclore Brasileiro Ilustrado: A Lenda do Curupira

1 – Você acredita que o Curupira existe? Por quê?
2 – Você concorda com a atitude do Curupira? Justifique sua resposta.
3 – Que atitudes o Curupira tem  em defesa da natureza?
4 – Que ensinamento a lenda desse mito quer nos transmitir?
5 – Em sua opinião , o que deve ser feito em relação a degradação do meio ambiente?
6 – Nesta história também aparece uma simpatia. Destaque-a.
7 – Volte a ler o texto e transcreva referente a  personagem principal as:
a)  características físicas.
b) características psicológicas.
8 – Reproduza esse texto colocando o Curupira contando sua própria história.

Trabalhando verbo

. Relembrar e escrever na lousa e solicitar o registro no caderno:

Conceito  - Verbo é a palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza.

. Exemplificar com as frases:

a) Ana fala ao telefone.  (verbo falar => indica ação)
b) A árvore  está florida. (verbo estar=> indica estado)
c) Aqui chove muito. (verbo chover => indica fenômeno da natureza)

Conjugação verbal

Os verbos estão agrupados em três conjugações:

1ª conjugação => Verbos terminados em ar. Exemplos: cantar, estar, falar, sonhar.
2ª conjugação => Verbos terminados em er. Exemplos: vender, comer, correr, crer.
3ª conjugação => Verbos terminados em ir. Exemplos: sorrir, partir, ir, dividir.

1 - Listar do texto a  Lenda do Curupira  as palavras que indicam ação (verbos).
2 – Preencha o quadro com os verbos da listagem que você fez (Curupira ou Caipora)

Verbos
1ª conjugação
2ª conjugação
3ª conjugação













2 – Correção na lousa, envolvendo a participação dos  alunos.

BRINCADEIRA

            Vamos brincar de Curupira

            Com os alunos sentados em círculo é iniciada uma conversa informal sobre a lenda do Curupira seu papel de protetor da natureza e em especial dos animais.
            Após a conversa o professor dará início a brincadeira, dizendo: “O caçador  invadiu a floresta e prendeu todos os animais. O Curupira chegou bem na hora e salvou o macaco.”
            O aluno ao lado diz a frase inicial e adiciona mais um animal, e assim sucessivamente. Quando errar deixará a brincadeira, e o próximo dará continuidade.
            O vencedor será aquele que ficar mais tempo sem errar a sequência, ou seja, que ficar por último, e aquele que não repetir nenhum animal.







                            Lenda do guaraná

        
Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.
            Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então Jurupari transformou-se numa enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
            Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o Sol foi embora. Veio a noite e a Lua começou a brilhar no céu iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.
            Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem de perto do corpo do menino.
Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: “- É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”.
            Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
            Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
            Agora, diz aí, quem não gosta de guaraná?


1- Leia o trecho ”Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro”. Por este trecho podemos afirmar que o texto é uma:

( ) notícia de jornal.
( ) propaganda.
( ) lenda.
2- Na frase “Isto fez com que Jurupari, O Deus do mal, sentisse inveja do menino”, a palavra grifada faz referência a:

( ) ao fato do indiozinho ser muito querido.
( ) aos pais do indiozinho.
( ) À enorme serpente.
3- No trecho “... enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança”, as palavras grifadas dão idéia de que o índio:

( ) era indefeso.
( ) estava perdido na floresta.
( ) era medroso.

4- Da saída do indiozinho até o momento em que a família o encontra, passaram-se
( ) dois dias.
( ) algumas horas.
( ) uma semana.

5- Leia o trecho “Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja...” Marque a frase em que a vírgula é utilizada da mesma maneira.

( ) ... com um único filho, muito bom, alegre e saudável.
( ) Agora, diz aí, quem não gosto de guaraná?
( ) Brasil, país do futebol, é também o país do guaraná.

6- De acordo com o texto, a frase que explica como o guaraná nasceu é:

( ) “Diz a lenda que o guaraná nasceu de uma paixão”.
( ) “Os índios plantaram os olhinhos da criança e dias depois nasceu uma planta: o guara-nazeiro”.
( ) “ Nascia na Fazenda Santa Helena o laboratório para produção do guaraná”.

7- No trecho “... É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”, as aspas são utilizadas para:
( ) Marcar a oração dos índios.
( ) destacar a fala de Tupã.
( ) marcar a fala da mãe do indiozinho.

8- No trecho “... ela atacou e matou a pobre criança”, a expressão grifada significa que o índio:
( ) não tem o necessário para viver.
( ) é um mendigo.
( ) inspira compaixão.

9- A frase “Agora diz aí, quem não gosta de guaraná”, é um jeito popular do adolescente falar. Se fosse escrita para pessoas idosas ficaria

( ) A maioria das pessoas gosta de guaraná, não é?
( ) Só bobo não se liga em guaraná!
( ) Galera, quem não gosta de guaraná?

10-Os frutos do guaraná são parecidos com os olhos humanos porque são:

( ) frutos mágicos de Deus Tupã.
( ) sementes negras rodeadas por uma película branca.
( ) os olhinhos da criança da tribo Maués.

11 – Pesquisar:  Origem / Propriedades medicinais do guaraná.

12 – Fazer um cartaz com os dados mais relevantes da pesquisa.







                                      O Saci



         Gente da cidade grande, acostumada com a luz elétrica, entregador de pizza, televisão, poluição, telefone celular, trânsito e computador, não entende nada de Saci e só vai ver o Saci no dia de São Nunca.

         Acontece que o Saci é filho do mistério, filho do vento que assobia, filho das sombras que formam figuras no escuro da floresta, filho do medo da assombração. O Saci é uma dessas coisas que ninguém explica.

         Por exemplo. É muito fácil explicar uma casa. Ela tem tijolos, portas, paredes, janelas e serve para morar. É muito fácil também explicar um cachorro. É um animal mamífero, pertence à espécie canina, abana o rabo, às vezes morde, faz xixi no poste, é amigo das pulgas e serve para latir e tomar conta de casas e apartamentos.

         Agora, tente explicar o gosto. por que tem gente que gosta de uma coisa e gente que gosta justo do contrário?

         Experimente explicar a beleza ou explicar um sentimento ou as coincidências que acontecem ou o gosto ou os sonhos, os acasos ou um pressentimento. Você já teve um pressentimento? Já sentiu que uma coisa ia acontecer e, no fim, ela aconteceu mesmo? Pois bem, agora tente explicar!

         Às vezes a gente está calmamente em casa com uma coisa na mão.  O telefone toca. A gente atende. Bate um papo. Quando desliga, cadê a coisa que a gente estava segurando? Sumiu! A gente não consegue acreditar. A coisa estava aqui agorinha mesmo! A gente procura em todo o canto, xinga, reclama, arranca os cabelos, vira a casa de cabeça para baixo e nada. De repente, olha pro lado... não é possível! A coisa estava ali o tempo todo bem na cara da gente!

         Numa casa de caboclo, quando isso acontece, as pessoas dizem que foi obra do Saci. Dizem que o Saci tem mania de esconder as coisas e depois fica escondido, dando risada, enquanto a gente faz papel de bobo.

         O Saci é um ser misterioso habitante  do mato. Sua aparência é de um negrinho  pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem  órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter três dedos  nas mãos, que são  furadas, e, quando quer , solta um assobio misterioso e fica invisível. Além disso, vive com o joelho machucado e as comandar os mosquitos, pernilongos e pulgas que vivem atazanando a vida da gente. Tem outra coisa: O malandrinho aprecia fumar cachimbo e consegue soltar fumaça pelos olhos! quando  está de bom humor, pode ajudar as pessoas a encontrar objetos perdidos. Em compensação, adora pregar  as piores peças nos outros: faz os viajantes errarem seu caminho, esconde dinheiro e coisas de estimação, faz vasos, pratos e copos caírem  sem motivo  e quebrarem, gosta de judiar dos bichos e é especialista em fazer comida  gostosa dar dor de barriga. De vez em quando, o Saci  sai girando em volta de si mesmo, feito um pião maluco, e  gira tanto,tanto tanto que até levanta as folhas secas e a poeira do chão. Aliás, muitos afirmam  que é só por isso que existem os rodamoinhos.

         O Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci  Siriri, Saci Trique. Às vezes  é chamado de Matitaperê, Matintapereira ou Sem – Fim, que na  verdade, são nomes de pássaros. É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.

         O Saci pode ser perigoso. Às vezes chama as criancinhas, canta, dança, inventa lindas histórias e acaba fazendo as infelizes se perderem na floresta. Pode também fazer um caçador entrar no mato e nunca mais voltar.

         Para dominar o Saci só tem um jeito: primeiro, pegar uma peneira. Segundo, esperar um rodamoinho dos fortes. Terceiro, atirar a peneira bem em cima do pé de vento. Quarto,  agarrar o Saci que aparecer preso na peneira. Quinto, arrancar seu capuz e, sexto prender o espertinho dentro de uma garrafa. Sem aquele gorro vermelho o Saci fica apavorado, ameaça, geme, choraminga, fala palavrão, implora e acaba fazendo tudo que a gente quer.        

         Pode até ser bom  morar na cidade, mas como seria gostoso, um dia, assim, de repente, encontrar um Saci de verdade fazendo bagunça, fumando cachimbo, soltando fumaça pelos olhos, virando passarinho e sumindo no espaço!

(Ricardo Azevedo. Armazém do folclore. São Paulo, Ática, 2000. p. 18 a 20)


1 – O que o texto trouxe de novidade sobre o Saci que você ainda não sabia?

2 – Quem é o autor do texto?

3 – De onde o texto foi tirado?

4 – Segundo o texto, gente da cidade grande não entende nada de Saci. Você concorda com isso? Por quê?

5 – O autor diz que o Saci é uma coisa que ninguém explica, que é mais fácil explicar uma casa ou um cachorro. Por quê?

6 – A quem o autor se refere quando fala em caboclo?

7 – Indique no texto a parte referente às características físicas do Saci.

8 – Quais são os nome que o Saci recebe conforme a região onde aparece?

9 – Na região onde você mora, como o Saci é conhecido?

10 – por que em alguns lugares, ele recebe nome de pássaros?

11 – Indique as frases que mostram o jeito de ser e de agir do Saci.

(   ) Tem mania de esconder as coisas.

(   ) Gosta de ver as pessoas fazendo papel de bobas.

(   ) É mal – humorado.

(   ) É brincalhão.

(   ) Fuma cachimbo.

(   )  Protege os bichos.

(   ) Auxilia os caçadores  a se localizarem nas florestas.

(   ) Gosta de judiar dos bichos.

(   ) Tem bom humor.

(   ) Esconde dinheiro e as coisas de estimação.

(   ) Faz um caçador entrar na mata e nunca mais voltar.

12 – Em sua opinião, qual foi a intenção do autor ao escrever este texto?

13 – Quanto s parágrafos possui este texto?

14 – Releia o penúltimo parágrafo  e desenhe, no caderno, as etapas de como pegar um Saci.

15 – Você sabia que o Saci ganhou um dia só para ele no nosso calendário? Em dupla pesquise  que dia é esse e porque foi escolhido para homenageá-lo.

16 – Transcreva os substantivos comuns que aparecem no primeiro parágrafo colocando – os em ordem alfabética.

17 – Encontre, no texto, palavras que não seguem  a norma culta da Língua Portuguesa.

18 - Releia o terceiro parágrafo e destaque somente  os verbos que da 1ª e 2ª conjugação, desconsiderando o verbo ser.  Em seguida complete o quadro.


Verbos

Modo indicativo - Futuro do presente

Eu _____ Tu _________Ele ________Nós ________Vós _______Eles/elas______


19 – Depois de ter lido o texto sobre o Saci, você deve ter imaginado muitas traquinagens que ele é capaz de fazer. Você  poderá escolher entre duas opções de proposta de produção:
·        Escrever uma história que você conheça sobro o Saci. Não se esqueça  de colocar detalhes, deixando-a emocionante.
·        Inventar uma história sobre o Saci. Imagine o que poderia acontecer com  essa personagem por perto.

Importante lembrar:

·        Caracterizar personagens.

·        Caracterizar o lugar onde acontece a história.

·        Colocar elementos para deixar a história  mais emocionante.

·        Letra legível.

·        Palavras escritas corretamente.

·        Pontuar adequadamente.



        

                              O SOL E A LUA



         O Sol tinha acabado de passar um  pouco de curare em suas flechas e guardava  e zarabatana bem à mão, pronto para atirar das árvores, prestando atenção ao menor movimento das folhas. De repente, ouviu uma gargalhada que o fez voltar-se. Sem perceber, acabara de passar por um garoto que estava sentado ao pé de uma árvore com dois magníficos papagaios.

         O Sol se deteve e resolveu descansar um pouco junto deles. Nem viu o tempo passar, e, quando se deu conta, o dia já estava acabando. Não conseguia sair  de perto dos dois papagaios que tanto o divertiam.

         Assim, propôs ao menino levar os dois papagaios em troca de seu calar de plumas. O garoto estava muito preocupado com sua aparência, pois acabara de completar dez anos. Agora já poderia pintar o corpo com urucum e jenipapo. Seus cabelos acabavam de ser cortados, e, quando  crescessem de novo ele teria direito de prendê-los ou fazer tranças. Seria um rapazinho...

         Já tinha as maçãs do rosto pintadas.  Imaginava-se entrando na aldeia com aquele cocar de plumas. Aceitou com alegria o oferecimento do Sol e lá se foi, dançando, em direção à aldeia.

          O Sol também estava com pressa, louco para mostrar a seu  amigo Lua os dois papagaios.  O amigo ficou maravilhado com a beleza e plumagem dos pássaros e se divertiu muito com as palavras engraçadas que eles diziam. assim, resolveu adotar um deles.

         Escolheu o verde de cabeça amarela e o deixou colocar em sua oca, empoleirado num pedaço de pau que enfiou no chão.

         O Sol também fez  um poleiro para seu papagaio e o alimentou com grãos e sementes de todo tipo.

         Na manhã seguinte, os amigos Lua e Sol foram pescar levaram o arco e a flecha, e também arpões, para o caso de encontrarem pirarucu, que era o seu peixe favorito, mas dificílimo de pegar. Ao anoitecer, voltando para casa, estavam muitos cansados e não tiveram forças para preparar  os peixes que haviam pescado. Deitaram-se nas esteiras e logo dormiram.

         Os papagaios pareciam triste  por vê-los assim, e naquela noite ficaram em silêncio. Nos dias que se seguiram, o Sol e seu companheiro Lua não conseguiam entender por que os papagaios estavam tão tristes. Quando os pegavam nas mãos para que se empoleirassem nos dedos, tentando ensiná-los a falar, os pássaros pareciam não mais se divertir.

         Mas um dia, ao voltarem da caça, tiveram uma dupla surpresa. Primeiro, os papagaios foram ao encontro deles, falando como nunca. Saltitavam de um ombro para outro, como se quisessem cantar e dançar. Dentro da oca, uma surpresa  ainda maior os aguardavam: junto ao fogo havia duas grandes vasilhas com cassaripe  fumegente! Quem teria preparado a comida? Eles se sentaram, comeram todo o delicioso pirão e se deitaram. Mas não conseguiam dormir. Que mistério! Os papagaios os olhavam  com um ar divertido. Se pudessem falar, será que podiam contar o que havia acontecido?

         No dia seguinte, quando foram  caçar, os do0is tinham a cabeça cheia de perguntas sem respostas. Enquanto isso, na oca, acontecia uma cena estranha.

         Os dois papagaios se transformaram pouco a pouco em duas moças encantadoras, de cabelos longos, pretos e brilhantes como a noite sob a chuva. Quando a metamorfose se completou, uma delas se escondeu perto da porta para ver quando os dois amigos voltavam, enquanto a outra preparava a refeição.

         _ Depressa, não temos muito tempo! Hoje eles disseram que chegariam mais cedo. Temos que acabar antes que voltem. Quando chegam da caça, eles vêm tão cansados!

         E que surpresa tiveram os dois mais uma vez! Resolveram que, no dia seguinte, voltariam mais cedo e entrariam escondidos pelos fundos. Dito e feito: deslumbrados com a beleza das duas moças,  apaixonaram-se por elas e suplicaram que nunca mais se transformassem em papagaios de novo. Fizeram uma grande festa para celebrar os casamentos. Mas a casa havia ficado pequena demais para quatro pessoas, e por isso decidiram se revezar para ocupá-la. O Sol e a mulher escolheram o dia. Lua aceitou a noite. É por isso que nunca vemos o Sol e a Lua ao mesmo tempo no céu.    

KUSS, Daniele. A Amazônia, mitos e lendas. Tradução Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 1995. p.12.    

1 – Leitura oral por um aluno ou o professor.

2 – Leitura individual silenciosamente.

3 – A partir da leitura da lenda, elabore uma síntese, isto é, um resumo sobre ela.

         Lembre-se que na síntese, que é a reprodução do texto em poucas palavras, você deverá conservar as informações essenciais,  organizando-as de modo a colocá-las numa sequêmcia lógica – começo, meio e fim – e encadeando-as através do uso dos elementos de coesão.

‘para facilitar o seu trabalho, o9bserve alguns passos:

·        Ler todo o texto para se inteirar do assunto;

·        Reler esse texto, várias vezes, sublinhando frases ou palavras que ajudem a identificar as idéias principais do texto;

·        Separar as explicações mais detalhadas da parte informativa mais abrangente e geral;

·        Observar as palavras que fazem a ligação entre os diferentes assuntos (de repente, assim, pois, quando, enquanto, por isso, etc.);

·        Resumir cada parágrafo, pois cada um encerra idéias diferentes;

·        Ler todos os parágrafos resumidos para dar uma estrutura de texto adequada ao resumo e ao encadeamento do texto.

  

Na prática da análise lingüística   pode-se trabalhar a escrita de algumas palavras como por exemplo: de repente.

Completar o quadro com palavras retiradas do texto:


Escreve-se separado

Escreve-se junto

 





 

                            A lenda das borboletas



            Isso aconteceu quando Jesus ainda era menino.
Um dia, ele saiu bem cedo para apanhar água no bosque.
Era primavera e o bosque estava coberto de flores: margaridas do campo, jasmim, madressilvas, miosótis...
            Jesus parou para admirar o colorido das flores quando a brisa soprou mais forte. E o sopro da brisa carregou várias florezinhas que, despetaladas, caíram aqui e ali. Algumas bem próximas de Jesus.
            Os olhos do menino encheram – se de lágrimas. Ele pensava: daqui a pouco, elas murcham e nunca mais enfeitam  o bosque.
Então Ele abaixou – se e, delicadamente, foi erguendo as pétalas e soprando – as de leve para o alto.
            Ao sopro mágico, as pétalas foram se transformando em aveludadas e coloridas asas, que saíram a bailar entre as ramagens, beijando as plantas em que haviam nascido.
E foi assim que surgiram as borboletas.


Interpretação:

1- Responda com frases completas:

a) Em que estação do ano se passa a história?______________________________________________________________

b) Como estava o bosque naquela ocasião?_____________________________________________________________

c) O que fez Jesus quando viu as flores?
____________________________________________________________________

2 – Numere na ordem dos acontecimentos:

( ) As florezinhas caíram despetaladas.
( ) Jesus parou para admirar as flores.
( ) Jesus transformou as flores em borboletas.
( ) A brisa soprou mais forte.

3 - Complete, esclarecendo por que aconteceram os fatos:
a) Os olhos do menino encheram – se de lágrimas porque_______________________________________________________________

_____________________________________________________________________

b) As borboletas surgiram porque _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

4 - Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:

( 1 ) lenda                   (   ) ramos de uma planta
( 2 ) brisa                    (   ) tradição popular
( 3 ) ramagem            (   ) vento fresco


5 – Pesquise e anote o ciclo de vida da borboleta.
6 – Reconte esta história com suas palavras.






                                     A LENDA DO JAPIM



            Japim era um pássaro que vivia no céu cantando para Tupã, o chefe dos deuses.
            Um dia, apareceu uma doença terrível entre os índios. Ninguém sabia o que fazer para ficar livre desse mal.
            Os índios resolveram pedir ajuda a Tupã.
            Tupã teve então uma idéia: mandar o pássaro Japim para aliviar o sofrimento dos índios.
            Japim desceu à Terra e cantou. Seu canto maravilhoso distraía os índi8os. A doença foi desaparecendo e a alegria voltando à tribo.
            Os índios ficaram tão contentes que pediram a Tupã para deixar Japim vivendo para sempre com eles.
            Tupã atendeu ao pedido e deu o pássaro para a tribo. Mas Japim começou a ficar orgulhoso. Ele passou a imitar os outros pássaros da floresta e a zombar deles.
            Os pássaros,  aborrecidos,  foram queixar-se a Tupã.
            Tupã nõ gostou da atitude  de Japim e disse-lhe:
            - De hoje em diante, perderás o teu canto maravilhoso e passarás a imitar o canto das outras aves.
            É por isso que Japim, ao cantar, imita o canto dos pássaros.


                                                                          Adaptado do folclore


1 – Leitura compartilhada.
2 – Leitura silenciosa.
3 – Assinalar as frases na ordem  que aparecem na história:
(    ) Tupã não gostou da atitude do pássaro.
(    ) Os índios teveram uma doença terrível.
(    ) O canto do Japim fez  a doença desaparecer.
(    )  O pássaro ficou muito orgulhoso.

4 – Responda por escrito.
a)    Como os índios resolveram se livrar da doença que os afligiam?
Resposta: __________________________________________________________
b)    Qual foi a solução encontrada por Tupã?
Resposta: __________________________________________________________
c)    De que maneira o pássaro0 ajudou os índios?
Resposta: __________________________________________________________ 
           

5 – Copie, lado a lado, as palavras e seus significados. Use o dicionário.

Palavras
Significados
Imitar

Atitude

Zombar

Maravilhoso

orgulhoso



6 – Escreva as frases, trocando as palavras sublinhadas por seus sinônimos.
a)      Os pássaros ficaram aborrecidos.
b)      Japim veio aliviar o sofrimento dos índios.
c)      Seu canto maravilhoso distraia os índios.

7 _ Complete as expressões utilizando palavras  do retângulo.

orgulhoso – bondoso – corajoso – poderoso – orgulhosa – bondosa – poderosa - corajosa

a)      Quem tem orgulho é _________________ ou ______________________ .
b)      Quem tem poder é ____________________ ou _____________________ .
c)      Quem tem coragem é ______________________ ou __________________ .
d)     Quem tem bondade é ______________________ ou __________________ .

8 – Transcreva  do texto as palavras  as palavras que têm s com som de z.
Resposta: ________________________________________________________________________
9 – Complete com s ou z.
____ombar                      atra___do                co___inha              surpre ___a             bu ___ina

Ca ___inha                 te ___oura              bele ___a                    Ra ___ura              RO ___eira

10 – Faça por escrito o resumo da lenda do Japim.  Não esqueça de que, num resumo, devemos citar apenas os fatos mais importantes, ou seja, as idéias principais.






                                  A LENDA DO GIRASSOL

         Dizem que existia no céu uma estrelinha tão apaixonada pelo Sol que era a primeira a aparecer de tardinha, antes que ele se escondesse.
         E toda vez que o Sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.
         A Lua falava com a estrelinha que assim não podia ser. Que a estrela nasceu para brilhar à noite e que não tinha sentido esse amor.
         Mas a estrelinha amava cada raio de sol como se fosse a única luz de sua vida. Esquecia até sua própria luzinha.
         Um dia ela foi falar com o Rei dos Ventos para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o Sol, sentindo o seu calor eternamente.
         O Rei dos Ventos disse que seu sonho era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de ser estrela.
         A estrelinha não pensou duas vezes: virou uma estrela cadente e caiu na Terra em forma de semente.
         O Rei dos Ventos plantou esta sementinha com muito carinho e regou com as mais lindas chuvas.
         A sementinha virou planta. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do Sol no céu.
         É por isso que os girassóis até hoje explodem seu amor em lindas pétalas amarelas.

1  - Depois da leitura da  Lenda do Girassol, interpretá-la através de desenhos e pinturas.
2 – Transcrever do texto as palavras com dígrafos e destacá-los.
3 – Pesquisar e registrar no caderno a origem e as utilidades do girassol.
4 - Reproduzir vasinhos de girassol, reaproveitando garrafas PET(atividade sobre reciclagem de lixo). e presentear um (a) amigo (a).
5 - Trabalhar com os alunos:
  • Sementes e a Germinação.
Levantamento de Hipóteses:
  • O que é germinação?
  • O que é uma semente?
  • O que a planta necessita para sobreviver?
6 - Experimentação – Organização em grupos de 4 alunos.
Material Necessário:
  • Vasinhos
  • Terra vegetal
  • Sementes de girassol
         É importante no final da experiência o registros das observações e conclusões.
         Presentear um (a) amigo (a) com um vasinho já com a planta girassol. Junto,  um cartãozinho com dicas de cuidados necessários.



                                   AS LÁGRIMAS DE POTIRA


            Há muito tempo, vivia à beira de um rio uma tribo de índios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que quer dizer braço forte, era um guerreiro robusto e destemido. Potira, cujo nome quer dizer flor era uma índia jovem e formosa.
            Vivia o casal tranqüilo e venturoso, quando rebentou uma guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve de partir para a luta. E foi com profundo pesar que se despediu da esposa querida e acompanhou os outros guerreiros. Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu com os olhos cheios de tristeza, a canoa que conduzia o esposo, até que a mesma desapareceu na curva do rio.
            Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse à taba. Todas as tardes; a índia esperava, à n\margem do rio, o regresso do esposo amado. Seu coração sangrava de saudade, mas permanecia serena e confiante, na esperança de que Itagibá voltaria à taba.
            Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo jamais regressaria. Ele havia morrido como um herói, lutando contra o inimigo. Ao ter essa notícia, Potira perdeu a calma que mantivera até então e derramou lágrimas copiosas.
            Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida, a beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimas puras e brilhantes misturaram-se com as areias brancas do rio.
            A dor imensa da índia impressionou Tupã, o rei dos deuses. E este, para perpetuar a lembrança do grande amor de Potira, transformou suas lágrimas em diamantes.
            Daí a razão pela qual os diamantes são encontrados entre os cascalhos dos rios e regatos. Seu brilho e pureza recordam as lágrimas de Potira.


Theobaldo Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo. Ed. Nacional, 1987. P. 140-1. 

1 – Faça leitura silenciosa e vá anotando no caderno as palavras que você não conhece. Depois o professor irá sortear alguém para contar a história para a classe. Se for você o escolhido, atenção à sequência da história, aos detalhes importantes, à altura da voz.  Caso você não seja o escolhido, é importante que preste atenção e faça silêncio à  recontagem feita pelo colega.  
. 
2 – Explique, pesquisando no dicionário, o significado das palavras e expressões destacadas a seguir.
a)      “...guerreiro robusto e destemido.”
b)      “...casal tranqüilo e venturoso,”
c)      “...rebentou uma guerra...”
d)     “...profundo pensar...”
e)      “...lágrimas copiosas.”

3 – O texto traz o significado dos nomes das personagens Itagibá e Potira. Explique o que há em comum entre esses significados e a caracterização feita das duas personagens.
4 – Como se sentiu Itagibá quando teve que partir para a guerra?
5 – Em sua opinião, por que Potira não derramou lágrimas quando o marido partiu?
6 – Exp0lique, por escrito,  por que essa história foi criada.
7 – O que nesse texto poderia fazer parte da realidade e o que não poderia?
8 – O que há de comum 3entre o diamante e as lágrimas de Potira?
9 – é possível saber quando essa história aconteceu? Justifique sua resposta.
10 – Certa vez a professora ditou paras os alunos parte da lenda  As lágimas de Potira.  Uma aluna  cometeu alguns erros nas separações de sílabas.indique-os e reescreva as palavras com a separação de sílaba  adequada.

                 As lágimas de Potira

         A descoberta das minas de diamantes, no Brasil, deu origem a divers-
as lendas. Vejamos uma das mais interessantes:
         há muito tempo, vivia à beira de um rio um tribo de ind-
ios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que si –
gnifica braço forte, era um guerreiro robusto e destimido. Potira, cujo qu-
er dizer flor, era uma índia jovem e formosa.

11 – Releia a lenda As lágimas de Potira  e reescreva-a colocando como narradora a própria Potira.
         Inicie o seu texto assim:
         Há muito tempo, eu vivia à beira de um rio...

12 – Leitura para a classe da recontagem da lenda feita pelos alunos.




                       LENDA DO UIRAPURU


         Um jovem guerreiro se apaixonou pela esposa do grande cacique.
         Como não podia se aproximar dela, pediu a Tupã que o transformasse num pássaro. 
         Tupã o transformou em um pássaro vermelho, que à noite cantava para sua amada. 
         É por isso que o Uirapuru é considerado um amuleto destinado a proporcionar felicidade nos negócios e no amor. 
         O Uirapuru é a ave de canto mais lindo da floresta. Quando ele canta, atrai as outras aves. Elas ficam silenciosas em volta dele, ouvindo-o cantar. Dizem que é tão mágico que depois de morto serve de talismã. Não há quem não fique encantado com o canto do Uirapuru.
         Os índios têm uma história muito bonita sobre como surgiu o Uirapuru. Contam eles que havia, em determinada tribo, duas moças índias que eram muito amigas. Estavam sempre juntas. Uma não largava a outra. Não havia nada que afastasse uma da outra.
         Um dia, as duas acabaram-se apaixonando pelo mesmo índio, que era o novo cacique da tribo. Como ambas eram muito bonitas, ele não se decidia por nenhuma delas. 
         Quando chegou a época do novo cacique se casar, os mais velhos pediram que ele resolvesse sobre qual delas seria sua noiva. Sem saber qual escolher, ele propôs uma prova: aquela que acertasse com uma flecha, em pleno vôo a ave que ele indicasse seria a sua noiva. Se ambas acertassem, nova prova seria realizada. 
         No dia seguinte, na floresta apenas uma conseguiu acertar a ave e foi a escolhida.
         A outra, chamada Oribici, chorou tanto que suas lágrimas formaram  uma fonte e um córrego. Pediu ela a Tupã que a transformasse num pássaro para podser visitar o cacique, sem ser percebida. Tupã ficou compadecido. Para que a moça pudesse ver o casal de que tanto gostava, transformou-a num passarinho de aparência simples. Imediatamente ela voou para a cabana do cacique. Assim que chegou, viu o casal tão feliz, mas tão feliz que sentiu ciúme e ficou mais triste do que nunca. 
         Para resolver o problema, Tupã deu à índia-passarinho um canto muito bonito que a faria esquecer sua tristeza. 
         - De agora em diante - disse Tupã - você será o Uirapuru. Seu canto será tão bonito que a fará esquecer a sua tristeza. Quando os pássaros ouvirem suas notas maravilhosas, não poderão resistir. Ficarão em silêncio para ouvi-la cantar. 
         E assim foi. Até hoje a moça índia canta quando sente tristeza e toda a passarada fica em silêncio para ouvir o seu maravilhoso canto mágico.


1 – Assinale a alternativa que indica o assunto do texto.

(    ) Apaixão de uma índia.
(    ) O uirapuru e seu canto.
(    ) Um pássaro da floresta.

2 – Por que o uirapuru é considerado um amuleto?
Resposta: ________________________________________________________
3 – Para que Oribici quis se transformar num pássaro?
Resposta: ________________________________________________________
4 – Numere de acordo com a ordem dos acontecimentos.

(    ) Casamento do cacique com a índia vencedora.
(    ) Descrição do uirapuru.
(  )Como ambas eram muito bonitas, ele não se decidia por nenhuma delas. 
(    ) Canto para esquecimento das mágoas.

5 – Numa lenda há fatos que são reais e outros que são imaginários. Leia as frases e escreva FR para fato real e FI para fato imaginário.

(    ) O uirapuru é um pássaro brasileiro.
(    ) A índia transformou-se num pássaro.
(    ) O uirapuru tem um canto melodioso.
(    ) O corpo do uirapuru dá sorte.

6 Em seu caderno faça a reprodução da lenda  com suas palavras. Escreva-a seguindo o roteiro:

Descrição do uirapuru : Que é? Como é? Como o consideram?
A lenda:  Quem são os personagens? O que fizeram? Por que fizeram?  O que resultou para o personagem principal? Qual foi a consequência de tudo?





Como a Noite Apareceu
(Lenda pertencente à série "Lendas Tupis", publicada em O Selvagem, Nacional, Coleção Brasiliana)

         No princípio não havia noite. Dia, somente havia em todo tempo. A noite estava adormecida no fundo das águas. Não havia animais; todas as coisas falavam.
         A filha da Cobra-Grande – contam – casara-se com um moço.
         Esse moço tinha três fâmulos fiéis. Um dia, ele chamou os três fâmulos e disse-lhes. – Ide passear, porque minha mulher não quer dormir comigo.
         Os fâmulos foram-se, e então ele chamou sua mulher para dormir com ele. A filha da Cobra-Grande respondeu-lhe:
         – Ainda não é noite.
         O moço disse-lhe:
         – Não há noite; somente há dia.
         A moça falou:
         – Meu pai tem noite. Se queres dormir comigo, mande buscá-la, pelo grande rio.
         O moço chamou os três fâmulos; a moça mandou-os à casa de seu pai, para trazerem um caroço de tucumã.
         Os fâmulos foram, chegaram, à casa da Cobra-Grande. Esta lhes entregou um  coco, tucumã, muito bem fechado e disse-lhes:
         – Aqui está; levai-o.  Não o abrais, senão todas as coisas se perderão.
         Os fâmulos foram-se, estavam ouvindo barulho dentro do coco de tucumã. Eram cri-cri de grilo, coaxos de sapo, hu-hus de corujas, bichos  que só cantam à noite e não eram conhecidos por eles.
         Quando já estavam longe, um dos fâmulos disse a seus companheiros.
         – Vamos ver que barulho será este?
         O piloto disse:
         – Não; do contrário nos perderemos. Vamos embora, eia, remai!
         Eles foram-se e continuaram a ouvir aquele barulho dentro do coco de tucumã, e não sabiam que barulho era.
         Quando já estavam muito longe, ajuntaram-se no meio da canoa, acenderam fogo, derreteram o breu que fechava o coco e abriram-no. De repente tudo escureceu
         O piloto então disse:
         – Nós estamos perdidos; e a moça, em sua casa, lá sabe que nós abrimos o coco de tucumã!
         Eles seguiram viagem.
         A moça, em sua casa, disse então a seu marido:
         – Eles soltaram a noite; vamos esperar a manhã.
         Então todas as coisas estavam espalhadas pelo bosque se transformaram em animais e pássaros.
         As coisas que estavam espalhadas pelo rio se transformaram em patos e em peixes.
         Do paneiro gerou-se a onça; o pescador e sua canoa se transformaram em pato: da  cabeça do pescador, nasceram a cabeça e o bico do pato; da canoa, o corpo do pato; do remo, as pernas do pato.
         A filha da Cobra-Grande, quando viu a estrela d'alva, disse a seu marido:
          – A madrugada vem rompendo. Vou dividir o dia da noite.
         Então ela enrolou um fio, e disse-lhe:
         – Tu serás cujubin. Assim ela fez o cujubin: pintou a cabeça do cujubin de branco, com tabatinga; pintou-lhe as pernas de vermelho com urucu e, então, disse-lhe.
         – Cantarás para todo sempre quando a manhã vier raiando.
         Ela enrolou o fio, sacudiu cinza em riba dele, e disse:
         – Tu serás inhambu, para cantar nos diversos tempos da noite e de madrugada.
         De então para cá todos os pássaros cantaram em seus tempos, e de madrugada, para alegrar o princípio do dia.
         Quando os três fâmulos chegaram, o moço disse-lhes:
         – Não fostes fiéis – abristes o caroço de tucumã, soltastes a noite e todas as coisas se perderam, e vós também, que vos metamorfoseastes em macacos de boca preta, devido a fumaça, e risca amarela, pela cera derretida, e  andareis para todo sempre pelos galhos dos paus.
         E assim, a filha da serpente pode finalmente se deitar e todos os seres puderam dormir.

 1 – A serpente entregou tucumã aos três fâmulos. O que era o tucumã?
2 – que conselho foi dado aos três índios  que foram buscar a noite?
3 – Por que os fâmulos desobedeceram às ordens da serpente?
4 – Um dos índios convenceu os companheiro a abrir o coco de tucumã. Imagine e escreva o que ele fez ou falou para levá-los a tomara essa atitude.
5 – Quando a noite escapou, a filha da serpente deparou-se com um grande problema. Que problema era esse?
6 – De que forma a filha da serpente conseguiu resolver o problema?
7 – Os fâmulos desobedientes sofreram um castigo. O que aconteceu com eles?
8 – Se você fosse a filha da serpente como agiria com os desobedientes?
9 – Nesse texto existem algumas informações reais. Quais são elas?
10 –  Releia este trecho:
            “No princípio não havia noite. Dia, somente havia em todo tempo. A noite estava adormecida no fundo das águas. Não havia animais; todas as coisas falavam.”

a)     Copie todos os verbos desse trecho.
b)    Esses verbos indicam presente, passado ou futuro?
c)     Copie o trecho conjugando os verbos no futuro.
d)    Copie o trecho novamente, conjugando os verbos no presente.

11 – Reproduza a história através da ilustração.
12 - Produza um texto  como seria a vida se  existisse só o dia ou só a noite.








A lenda do Lobisomem

                Um lobisomem é metade lobo e metade gente. É o primeiro de uma família de sete filhos. Normalmente é magro e amarelo. Nas noites de lua cheia, de preferência nas sextas-feiras, transforma-se em lobisomem e ataca toda a gente ou bicho em busca de sangue. Antes do amanhecer, procura sempre um cemitério, onde se transforma de novo em homem.   
            Num povoado à beira do rio, vivia uma família de sete filhos. O mais novo era fraquinho e amarelado, com aquela cor de lobisomem.
            Toda a gente dizia que ele era um. O pobre moço fingia não ouvir aquela fofoquice. Afinal, mesmo que fosse um, não tinha culpa. A natureza tinha-o feito assim.
            Um dia, pescando no rio, viu uma bela moça lavando roupa. Não deu muita importância, pois achava que não tinha muitas hipóteses com as mulheres.
            De repente, uma trouxa de roupa da moça caiu na água. O rapaz, todo heróico atirou-se e salvou a trouxa da correnteza. Ela, agradecida, pediu que ele fosse até sua casa, onde a mãe lhe daria roupas secas e um chá quente para não se constipar. O moço acabou aceitando o convite. Acabaram se apaixonando e começaram a namorar. Os rumores na cidade aumentaram e todas as pessoas perguntavam para a menina se ela tinha a certeza que o namorado não era um lobisomem. Ela começou a ficar desconfiada, mas gostava tanto dele que não podia nem queria a acreditar.
            Um dia, sexta-feira à meia-noite, a mocinha sentou-se no jardim de sua casa, apreciando a lua cheia. O namorado tinha ido para casa cedo, com a desculpa de uma dor de cabeça. Estava lá, sonhando com o seu amado, quando um bicho horroroso, que mais parecia um cão enorme, pulou na sua frente. A coisa horrorosa atacou a moça, mordendo o seu braço. A moça gritava como louca e conseguiu fugir para casa não tendo dormido nada naquela noite onde quase morreu de susto.
            No dia seguinte, bem cedo, foi ver o namorado e contar a história, aos prantos. O rapaz sorriu, achando tudo palermice. No entanto, este entre os seus dentes tinha um fio vermelho do tecido da blusa da sua amada. Esta apavorada, viu que o seu namorado era mesmo um lobisomem. Não teve medo naquele momento, porque não era noite e já era Sábado. Decidiu que, por amor, salvaria o seu querido da maldição. Perguntou a toda a gente o que fazer. Ninguém sabia. Ouviu falar de um homem que morava na mata, bem longe da cidade, e que poderia ajudá-la. Um velhinho negro com cabelos brancos era a sua última esperança. Este disse para ela não se preocupar e que se tivesse amor pelo rapaz e coragem para ir sozinha a um cemitério de noite e tudo estaria resolvido.
            Para isso precisava espetar um espinho de laranjeira que tivesse sido plantada à meia-noite de uma sexta-feira com lua cheia. Para sorte da moça, o preto velho tinha o hábito de plantar laranjeiras à meia-noite de sextas-feiras de lua cheia. Era meio caminho andado.
            A moça foi confiante para o cemitério. Tremia de medo enquanto um vulto apareceu atrás de um túmulo, era ele. Quando se ia transformar, zum, ela pulou em cima do bicho fincando o espinho nas suas costas. O monstro peludo deu um grito horripilante e transformou-se no namorado da moça. Estava salvo do encantamento.       Casaram  e, graças a Deus, tiveram só cinco filhos, todos fortes e bem corados. Existem pessoas que não acreditam, mas se forem à meia-noite numa sexta-feira ao cemitério quem sabe se não serão confrontadas com um lobisomem?


1 – O que você achou dessa história?
2 – Você acredita em, lobisomem?
3 – Que características tem esse ser fantástico para receber o nome de lobisomem?
4 – De acordo com o texto como o lobisomem é antes de se transformar? E depois da transformação?
5 – Segundo o texto o que a moça teria que fazer para quebrar o encanto do lobisomem  para sempre e o moço  voltar à forma  normal?
6 - Em que condições você acha que um ser humano pode se transformar em lobisomem?
7 – Como você acha que as pessoas podem se defender do lobisomem?
8 –Você  acredita que essa história é verídica? Indique algum trecho no texto que mostre que você tem razão.
9 – Escreva uma mensagem para o autor dessa  versão da lenda elogiando-o pela criatividade ou dando uma sugestão para deixar a história mais assustadora.
10 - Escolha uma versão desse  lenda que você conhece ou se lembre de ter lido em algum livro e reconte-a.  Siga  as etapas abaixo:

Nome da história:        _________________________________
Introdução: conte algo  sobre os personagens ou o local onde se passa a história que você vai narrar resumidamente.
Início  da  história: conte o que acontece no começo da história.
Desenvolvimento: continue a história, preparando-a para o conflito que vai acontecer.
Conflito principal: relate o fato mais importante da história.
Final:  agora narre o desfecho da história. 





                                 O CACHORRO E A PULGA     

Liliana & Michele Iacocca

            Era  uma noite de lua cheia, e o cachorro decidiu fazer um passeio pela cidade.
            Na cidade tinha festa.
            Tinha roda – gigante, montanha – russa, carrosséis, barracas de pipoca, de doces, de bebidas, muita música e um grande  baile
            “Quero ficar bonito!”, pensou o cachorro e começou a se aprontar para sair.
            Balançou o rabo, para o pêlo ficar fofinho, levantou as orelhas, para parecer mais vistoso, e encolheu a barriga, para ficar elegante.
            Uma pulga, que estava ali perto, sem fazer nada, viu o cachorro se aprontando e logo adivinhou que ele ia para uma festa.
            “Oba! Arranjei um programa,” pensou a pulga e imediatamente pulou em cima do cachorro.
            Quando o cachorro percebeu, ficou furioso.
            - Sai de mim! – ele gritou. – Aonde você pensa que vai?
            - Eu também quero ir à festa.-falou a pulga.-Não custa nada você me levar.
            - Já imaginou eu chegar pulguento a uma festa?-disse o cachorro. E começou a se sacudir, a se cutucar com a pata. Até mordiscou os pêlos para se livrar da pulga.
            Mas a  pulga, que não queria ficar sem programa de jeito nenhum, foi escapando, se escondendo, até que o cachorro cansou de procurar, também porque estava ficando tarde. E resolveu sair assim mesmo.

Trecho do livro O cachorro e a pulga. Editora  Ática, Coleção Labirinto. 

1 – Leia o texto atentamente e destaque as palavras desconhecida. Em seguida pesquise no dicionário os significados.

2 – Escreva no caderno.
a)      O  título do texto.
Resposta: __________________________________________________________________
b)      O nome dos autores.
Resposta: __________________________________________________________________
c)      O número de parágrafos.
Resposta: __________________________________________________________________
d)     O nome das personagens.
Resposta. __________________________________________________________________


3 – Escreva as informações, marcando-as com os códigos das personagens: C  cachorro      P   pulga
(    ) Aprontou-se para ir à cidade.
(    ) Escolheu a barriga para ficar elegante.
(    ) Adivinhou que ele ia para uma festa.
(    ) Não queria ficar sem programa de jeito nenhum.
(    ) Até mordiscou os pêlos.
(    ) Foi escapando e se escondendo.

4 – Pinte em azul as falas do cachorro e em vermelho as falas da pulga.

5 –  O que cada personagem pensou? Escreva no caderno de acordo com o texto.

6 – Escreva no caderno um final para a história O cachorro e a pulga.

            Mas a pulga, que não queria ficar sem programa de jeito nenhum, foi escapando, se escondendo, até que o cachorro cansou de procurar, também porque estava ficando tarde. E resolveu sair assim mesmo.
            Chegando à cidade, o cachorro  ...
7 – Compare o final que você escreveu com  o  final dado  pelas autoras. Como foi o passeio do cachorro à cidade? E a pulga?  Na  sua  opinião,   que final da história  está  mais criativo, o seu ou o das autoras? Justifique sua resposta.

8 – Pesquisar e  registrar  no caderno informações sobre a pulga.
·         Dados biológico (tamanho, postura, reprodução, alimentação).
·         Prevenção.
·         Doenças transmitidas e patogenos veiculados.
·         Outras informações  consideradas importantes.

9 – Socializar os dados da pesquisa.
10 – Em grupo, montar um cartaz com os dados  da pesquisa.






                                    O MÉDICO FANTASMA

            Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará. Tudo começou numa noite de lua cheia de um sábado de verão.
            Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
            — Você acredita em fantasma? — perguntou o mais novo.
            — Eu não! — disse o outro.
            — Acredita sim! — insistiu o mais novo.
            — Pode apostar que não — replicou o outro.
            — Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
            — Ah, é? — disse o garoto que fora desafiado. Pois então vamos já para o cemitério, que eu vou provar minha coragem.
            Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fazer careta para o amigo. Depois se encostou ao portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que ela estava presa.
            — Socorro! Alguém me ajude! — ele gritou, desmaiando em seguida.
Nisso apareceu um velhinho vindo do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
            — Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho, pensou que algum fantasma o estivesse segurando.
O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
            — Obrigado. Como é que o senhor se chama?
            — Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
            O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou na mesma hora.
            — Vão pra casa, meninos — ele disse. Já passou da hora de dormir.
            E foi assim que os meninos perceberam que tinham conhecido um fantasma e entenderam que não precisavam ter medo de fantasmas, pois esses, apesar de misteriosos, são do bem.
   Heloísa Prieto. “Lá vem história outra vez: contos do folclore mundial. Paulo. Cia das letrinhas, 1997 (texto adaptado para fins didáticos).


1) Assinale a alternativa correta:
a) No início do texto, onde estavam os personagens?
( )Os garotos estavam na escola, brincando no recreio.
( )Os garotos estavam na porta do cemitério.
( ) Os garotos estavam sentados na varanda na casa de um deles.

b) Por que os meninos decidem ir ao cemitério?
( ) Para acompanhar um enterro.
( ) Devido a uma aposta que fizeram valendo uma bola de futebol.
( ) devido a uma aposta que fizeram valendo uma bola de basquete.

c) O que era necessário para ganhar a aposta?
( ) Atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério.
( ) Atravessar a rua e entrar no cemitério.
( ) Atravessar a rua e chamar pelos fantasmas pelo portão do cemitério.

d) Depois de se encostar no portão, o que aconteceu ao garoto?
( ) Sua mão ficou presa no portão, mas ele conseguiu se soltar rapidamente.
( ) Sua mão ficou presa, ele gritou e desmaiou em seguida.
( ) Sua mão ficou presa, ele ficou mudo e desmaiou em seguida.

2) O médico fantasma é uma história sobre medo, um “Conto de assombração”. Descreva o momento mais assustador da história.

3) Você ficou com medo? Por quê?

4) Como os meninos perceberam que o velhinho era um fantasma?

5) Por que será que o desafio era ter que ir ao cemitério à noite? Você aceitaria este desafio?Por que?

6) Você já passou por uma situação assustadora? Era um medo real ou imaginário? Conte aqui a sua história.






                                  JURUVA SALVOU O FOGO


            De  repente, o fogo se apagou nos quatro cantos da Terra. Não se sabia por que, mas apagou. Antes disso acontecer,  havia fogugueiras espalhadas pelo mundo: fogueiras grandes que serviam às tribos para se comunicarem umas com as outras; fogueiras  menores,  para os índios se aquecerem nas noites de friagem; fogueiras pequenas, para cozinhar  os alimentos; e até fogueirinhas, acesas de brincadeira, pelas crianças.
            De repente, sem nenhuma razão, as fogueiras  se apagaram.
            Nunca os índios souberam por quê. Nunca se soube por que as fogueiras se apagaram  ao mesmo tempo. As fogueiras e os braseiros apagaram-se!
            Somente num lugar distante, longe, muito longe, havia uma última  brasinha acesa, prestes a extinguir-se. Quem poderia ir buscá-la tão depressa como era necessário?
            Alguém deveria chegar a tempo de salvar aquela última centelha, antes do fogo apagar-se para sempre.
            Os índios Pareci reuniram-se e chamaram os animais da floresta, para ajudarem a trazer a última brasa. Todos se recusaram. Uns diziam que não dava tempo; outros alegavam que se queimariam; outros nem responderam, partiram sem dar explicações.
            Os índios Pareci, então, chamaram os pássaros da floresta para ajudá-los. Perguntaram qual dentre eles iria buscar a última brasa que se apagava num lugar distante.
            Juruva não se fez rogar. Ofereceu-se logo para trazer a última brasa que restava  acesa na terra. Não havia tempo a perder, e o pássaro partiu ligeiro como seta de zarabatana.
            Voou. Voou. Voou... Por fim, chegou àquele lugar, longe, muito longe, que ninguém sabia onde ficava.
            Revolveu o borralho, e tirou das cinzas aquela última brasinha. E, agora, como a levaria?  Não tinha mãos.
            Tomou-a no bico, mas logo sentiu o ardor de queimadura. Virou daqui, virou dali, saltitando, mas nada de achar um jeito de segurar a brasa. De repente, teve uma idéia. Apanhou  a brasinha entre as duas penas compridas da cauda, e voltou, voando depressa ao encontro dos Pareci.
            Ao chegar, entregou a preciosa brasa quase apagada. Os índios receberam-na com muito cuidado. Colocaram-na entre ervas delicadas, musgos e palhinhas secas, uma espécie de ninho preparado para receber aquele tesouro.
            A tribo reuniu-se ao redor, e todos começaram a soprar a brasinha, que aos poucos parecia reanimar-se. De repente, apareceu uma chama minúscula, um quase nada, uma esperançazinha...
            Foi o bastante para os índios se alegrarem. Todos sopraram com mais força. Entregou-se uma língua de fogo; a seguir outra, e mais outra ... o fogo estava salvo!
            Os Pareci atiraram folçhas secas e gravetos, até subirem altas labaredas vermelhas, com fulgores azulados. Agora, era preciso alimentar o fogo. Primeiro, trouxeram galhos pequenos; depois, maiores e, por fim, grandes toros de madeira seca. A fogueira ardia. Pipocavam faíscas de ouro como se o próprio ar se incendiasse.
            Era quase noite quando a dança começou.
            Primeiro, o bastão de ritmo golpeou o chão. Depois, os pés golpearam o chão  num baticum formidável.
            O fogo roncava, bravo como um jaguar. Lampejos de ouro dançavam na folhagem. A floresta estremecia ao som dos cantos e das danças rituais.
Encarapitado numa árvore, Juruva via o fogo subir em labaraedas, que punham clarões no céu, e reflexos metálicos em sua plumagem colorida. Olhou para a própria cauda. Antes,  era tão bonita, e agora apresentava duas falhas bem no lugarzinho em que a brasa queimara! Ficaria com aquela falha para sempre!
            “Não logo” – disse consigo mesmo. “Todos vão saber que salvei o fogo, para entregá-lo aos índios Pareci.”

(Antonieta Dias de Morais (org).  Contos e lendas de índios no Brasil: para crianças. São Paulo, Nacional.)        
                         
                         
1 – Observe o título do livro de onde foi tirado a lenda. Que textos podemos encontrar nesse livro?
2 – Qual é o problema que a história apresenta e que tenta resolver?
3 – O que os índios deixaram de fazer sem o fogo?
4 – Quem era Juruva?
5 – Observe o trecho:
            “ Voou. Voou. Voou ...”
Por que você acha que o autor repetiu a palavra voou?

6 – Observe mais esse trecho:
            “Ergueu-se uma língua de fogo; a seguir outra, e mais outra. O fogo estava salvo!”
a)     Qual o significado das reticências no trecho acima?
b)    Agora explique por que foi utilizado o ponto de exclamação.
c)     Se você tivesse que reescrever essa frase: “O fogo estava salvo!”, que palavras do quadro abaixo acrescentaria para dar mais emoção ainda ao trecho?


Ufa! – Ih! – Credo! – Oh! – Ai! – Tomara!


7 – Indique as opções corretas. A lenda “Juruva salvou o fogo!” tem a intenção de:
a) informar o leitor sobre um acontecimento real..
B) contar – nos uma história emocionante.
c) fazer o leitor fantasiar, pois os acontecimentos são  impossíveis na realidade.

8 – Reconte a lenda “Juruva salvou o fogo!” em forma de história em quadrinhos. Você poderá utilizar um narrador-observador em alguns momentos. Mas não abuse, procure utilizar bastante os balões com falas. Crie falas para os índios, para os animais da floresta, para os pássaros e, é claro, para Juruva, a personagem principal. Procure utilizar palavras que indicam emoção e também aquelas que imitam sons.
     



                     
                                 LENDA CHINESA

                Conta-se que, por volta do ano 250 A.C., na China antiga, um Príncipe da região norte do pais, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas,de acordo com a lei, ele deveria se casar.
            Como ele não conhecia nenhuma moça  em especial, resolveu propor um campeonato entre as moças da corte, ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
            Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os
comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
            Sua filha, sabia que era apenas uma filha de empregados mas creditava que poderia ao menos tentar participar: ela dizia: É minha oportunidade de ficar, pelo menos alguns momentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.
            À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais
belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as
mais determinadas intenções.
            Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio: - Darei, a cada uma de
vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais
bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china.
            A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo,
que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes,
amizades, relacionamentos etc...O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura, a sua semente,pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
            Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de
todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia, ela
percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o
seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.             Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à sua mãe que, independente das circunstancias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
            Na hora marcada, ela estava lá bem como todas as outras
pretendentes. Só que seu vaso estava vazio, ao contrario das outras que exibiam uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes, com muito cuidado e atenção.
            Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a
bela jovem como sua futura esposa.As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
            - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
            Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. E você será sempre um vencedor.

1 – Preencha a ficha.

Nome da história
Personagem principal
Personagem secundário
Onde acontece a história
Em que tempo acontece a história







2 – O que você achou da história?
(    ) Péssima.
(    ) Excelente.
(    ) Ruim.
Justifique sua resposta.

3 – Escreva a mensagem que você extraiu desse texto.






                 O lobo e o cordeiro


         Num dia de sol, um cordeiro estava matando a sede num regato de águas límpidas, quando, inesperadamente, apareceu um grande lobo faminto, arreganhando os dentes e vociferando:
         - Como você é atrevido, seu cordeiro! Não vê que está sujando a água que vou beber? Vou castigá-lo por esse desrespeito!
         - Senhor lobo, disse o cordeiro trêmulo, não se zangue, mas veja que não posso sujar a água que está bebendo, pois ela corre daí pra cá.
         Mas o lobo cruel, repelido pela força da verdade, inventou outros pretextos para condenar o cordeiro:
         - Ouvi dizer que no ano passado você andou falando mal de mi por ai...
         - Como poderia ser, se nasci este ano?
         O lobo, já meio sem graça, arranja outras acusações:
         - Mas a raposa me disse que seus irmãos andaram falando mal de mim...
         - Deve ter sido engano! Pois sou filho único, disse o cordeiro com voz tímida.
         Então o lobo ameaçador saiu-se com esta:
         - Ouvi dizer que alguém da sua família falou mal de mim, e, além do mais, quem dá tantas desculpas como você só pode ser culpado...
         Como não havia ninguém para defender o inocente cordeiro, o lobo aproveitou-se da situação e o devorou.

MORAL: Muitas vezes, vence a razão do mais forte, que inventa motivos para oprimir os inocentes.
1)   Segundo a fábula, predominou o “direito da força” ou a “força do direito”? Você concorda com a moral da fabula?
2)   Que tipo de pessoas o cordeiro representa na fábula? (Pessoas honestas, pessoas egoístas?) Explique.
3)   Que tipo de pessoas o lobo representa na fábula? Explique.

4 – Assinale o que for correto: 

Uma pessoa egoísta e de caráter mal formado:

(   ) Não reconhece os limites de sua liberdade nem os direitos alheios.
(   ) Reconhece para si muitos direitos, mas poucos deveres.
(   ) Reconhece para si muitos deveres, mas poucos direitos.
(   ) Inventa motivos e desculpas paras explorar os direitos dos outros.
(   ) O egoísta pensa mais nos outros que em si próprio.

5 – Você está sendo convidado a mudar o final dessa história.
         Use a criatividade e escreva como será esse final, dando também  uma nova moral.






As duas pulgas

 


            Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:
            - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
            E elas contrataram uma mosca como consultora,  entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
            - Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
            E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu.A primeira pulga explicou por quê:
            - Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
            E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas  eram espantadas antes mesmo de pousar.
            Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:
            - Ué, vocês estão enormes!  Fizeram  plástica?
            - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
            - E por que é que estão com cara de famintas?
            - Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar.  E você?
            - Ah, eu vou bem, obrigada.  Forte e sadia.
            Era verdade. A  pulguinha  estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas  não quiseram dar a pata a torcer:
            -Mas você não está preocupada com o futuro?  Não pensou em uma reengenharia?
            - Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
            - O que as lesmas têm a ver com pulgas?
            - Tudo.  Eu tinha o mesmo problema que vocês duas.  Mas,  em vez de dizer para a lesma o que eu queria,  deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução.  E  ela  passou três dias ali,  quietinha,  só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico.
            - E o que a lesma sugeriu fazer?
            - “Não mude nada.  Apenas sente no cocuruto do cachorro.  É  o único lugar que a pata dele não alcança”.

        MORAL: Talvez você não precise de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.

Autor desconhecido

1 – Escreva o que você entendeu desta narrativa.
2 – Você concorda com a moral que o autor escreveu? Justifique sua reposta.
3 – Escreva a mensagem que você tira deste texto para melhorar nos estudos.
4 – Vamos analisar esta narração com diálogo.
a)   Quem contou os fatos?
b)   O narrador é também personagem? Justifique sua resposta.
c)   Quem são as personagens do texto?
d)   Onde os fatos aconteceram?
e)   Quando os fatos aconteceram?
f)    Idéia central: ______________


5 Este texto apresenta características do gênero:
(    ) poema.
(    ) lenda.
(    ) fábula
(    ) crônica.
Justifique sua resposta. ________________________________
____________________________________________________
6 –  Passe esta narrativa para o discurso indireto (não aparece a fala das personagens diretamente).




                                O gato e a raposa

         O gato e a raposa andavam sempre juntos pelo mundo. Eram muito amigos, apesar de a raposa estar sempre desvalorizando o colega.
      _Amigo gato, por que não aprende mais truques para fugir dos cachorros que nos perseguem?  Sempre ouvi  dizer que você é tão inteligente. Será verdade?
      _Sei subir rapidamente em árvores. É o que me basta. Os cachorros não vão me pegar.
      _Você só sabe isso? Eu sei 99 truques diferentes! Conheço mil manhas, cada uma melhor que a outra. Finjo-me de morta, me escondo nas folhas secas, nas moitas, corro em zigue-zague, disfarço minhas pegadas...
      Enquanto a raposa falava distraidamente das suas habilidades se aproximavam dali dois cachorros. O gato muito esperto, subiu rapidamente na árvore. Quando a raposa percebeu a presença dos cachorros, teve que sair em disparada para fugir deles.
      _Pobre comadre raposa. É sempre preferível saber bem uma só coisa  a  saber mal noventa e nove coisas diversas.

(Autor desconhecido)
1 - Leitura silenciosa.
2 - Leitura dramatizada.
3 – Responda por escrito as questões abaixo.
 a)    Nome do texto: ___________________________
 b)    Como andavam o gato e a raposa?
 c)    Eram amigos ou inimigos?
 d)   O que o gato sabia fazer e que bastava para que os cachorros não o pegassem?
 e)  Quantos truques a raposa dizia saber?
 f)  Valeu algum truque da raposa ou ela teve que sair correndo?

 4 -    A moral dessa fábula é:
 (   ) É mais importante fazer a coisa certa no momento certo.
 (   ) Saber fazer muitas coisas ao mesmo tempo.
(    ) Exibir suas habilidades.

 5 –Por que você acha que o gato e a raposa foram escolhidos como personagens dessa história?
6 -  Dê o antônimo (contrário) de:

amigo –

melhor-

desvalorizar

verdade-

pegar-

diferente-

morta-



 7 - Pense no gato do texto  “ O gato e a raposa”. Escreva sobre ele.
·        Qual era seu nome? ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­________________________
·        Em que lugar ele vivia? _______________________
·        Como ele era?_______________________
·        O que ele costumava fazer?______________________
·        Como ele  consegui ser mais esperto que a raposa?
·        O que essa fábula pretende nos ensinar?

8 – Crie uma moral para essa fábula.
9 - Faça de conta que o gato e a raposa se reencontraram  e  estão lembrando das aventuras que viveram juntos, e uma delas,  é a fábula  “O gato e a raposa”.  Escreva como está sendo lembrada por eles essa história.



                              A FESTA NO CÉU

         Ia haver uma festa no céu. Todas as aves estavam assanhadas com a noticia. Mas imagine quem foi dizer que ia também... o sapo! Os bichos caíram na risada. Mas o sapo tinha um plano. Na véspera da festa, foi à casa do urubu. Bateu um bom papo e despediu-se:
         - Até a festa, compadre! Vou mais cedo porque sou lerdo.
         Em vez de ir embora, o sapo deu uma volta e entrou no quarto do urubu. Viu a viola em cima da cama e entrou nela. Ficou ali encolhidinho.
         Horas mais tarde, o urubu pegou a viola, amarrou-a a tiracolo e bateu assas para o céu.
         Chegando lá, o urubu arriou a viola e foi dançar. Nem queiram saber o espanto das aves ao ver o sapo no céu...
         Pela madrugada, o sapo escondeu-se de novo na viola.       Acabada a festa, o urubu agarrou a viola e começou a viagem de volta.
         No caminho, o sapo mexeu-se, o urubu foi espiar e viu o sapo dentro da viola.
         - Ah seu aproveitador! É assim que foi à festa?!
         O urubu emborcou a viola e o sapo despencou gritando:
         - Béu, béu! Se desta eu escapar, nunca mais festa no céu!
         Bateu em cima das pedras feito um jenipapo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora teve pena do bicho. Juntou os pedaços e fez o sapo viver de novo.
         É por isso  que o sapo parece ser todo remendado.
Lucina M. M. Passos

1.   Copie as frases, substituindo as palavras em destaque por seus sinônimos. Consulte o dicionário:

a)   O urubu arriou a viola.
______________________________

b)   Ele espiou a viola.
______________________________

2.   Numere a segunda coluna de acordo com a primeira:

(1) Bater papo              (  ) um dia antes
(2) Lerdo                      (  ) fruto do jenipapeiro        
(3) Véspera                  (  ) conversar
(4) Jenipapo                 (  ) vagaroso

3.   Complete:
a)   O titulo da história é:___________________________                                           
b)   O personagem principal é:________________________
c)   O outro personagem é: ______________________________

4.   Responda:
a)   Por que as aves ficaram assanhadas com a noticia da festa do céu?
b)   Como o sapo foi a festa?
c)   O que o urubu fez ao ver o sapo na viola?
d)   Quem fez o sapo viver de novo?

5.   Numere as frases na ordem dos acontecimentos do texto:
(  ) A queda do sapo.
(  ) A noticia da festa.
(  ) A esperteza do sapo.
(  ) O sapo remendado.
(  ) O sapo no céu.

6 – Na sua opinião, é correto a forma como o sapo foi à festa no céu?
7 – O que você achou da atitude do urubu?
8 – Na sua opinião, que mensagem o autor quis nos transmitir com essa narrativa?
9 – Preencha o quadro com palavras retidas do texto.

Palavras com c (som de s)
Palavras com s (som de z)
Palavras com ss
Palavras com x (som de ch)










10 - Escreva um texto com o sapo explicando  porque ele parece ser todo remendado.




                  A ONÇA DOENTE

            A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve  de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
            Em tais apuros, imaginou um plano.
            - Comadre Iara – disse ela – corra o mundo e diga à bicharada que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
            A Iara partiu, deu o recado, e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.
            Veio o veado, veio a capivara, veio a cutia, veio o porco-do-mato, veio o jabuti.
            Mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastros entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
            - Hum! ... Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela.
            E foi o único que se salvou.

Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1972.

1 -   Complete:
         O texto _______________ pertence ao livro __________ cujo autor é _______________ .
         Os personagens principais da história são ________________ e o personagem secundário é ____________________ .

2 – numere as frases na ordem dos acontecimentos do texto.
(    ) A Iara deu o recado da onça aos animais.
(    ) A onça caiu da árvore e ficou doente.
(    ) O jabuti foi o único que escapou de morrer.
(    ) O jabuti viu os rastros e desconfiou.

3 – Toda fábula tem uma lição de moral. Assinale a moral que está mais de acordo com a fábula.
(    ) Quem tudo quer, tudo perde.
(    ) Confiar, desconfiando.
(    ) A prudência nos livra de ciladas.

4 – Coloque o nome dos animais que aparecem no texto em ordem alfabética.
5 – Destaque as palavras desconhecidas e procure no dicionário os respectivos significados.
6 – “A onça doente” é uma fábula do folclore brasileiro,  escrita por Monteiro Lobato. Procure outra fábula,  leia-a ou reconte-a para os colegas.
7 – O Jabuti resolveu deixar um bilhete para o Coelho, numa pedra, prevenindo-o contra a Onça:

         Meu amigo Coelho
                   Tome cuidado. A Onça está fingindo. Ela quer comer os animais da floresta. Portanto, não entre na toca dela.
                   Muitos abraços de seu amigo,
                                                                 Jabuti 
                                                                  23/08/2010

         O Coelho leu o bilhete. Ficou grato ao Jabuti. Faça de conta que você é o Coelho. Escreva no caderno um bilhete ao Jabuti, agradecendo-lhe o aviso.
8 – Cite outros animais da floresta que você conhece que não apareceram na história. Em seguida,  escreva um bilhete a um ou mais deles prevenindo-os contra a Onça.




                    A ONÇA E O BODE


         Certo dia, o bode resolveu fazer uma casa. Escolheu o terreno, limpou o mato, tirou as pedras e disse:
         - Amanhã eu volto.
         A onça, passeando por ali, pensou:
         - Que ótimo lugar para fazer minha casa.
         A onça pegou umas tábuas, cercou o terreno e disse:
         Amanhã eu volto.
         No dia seguinte o bode chegou e disse:
         - Ah! Deus está me ajudando!
         E, arranjando uns troncos de árvore, levantou as paredes e foi embora.
         Quando a onça chegou, foi logo pensando:
         - Ah! Deus está me ajudando!
         E trouxe bastante palha e sapé para fazer o telhado. Depois foi embora.
         - Ah! Deus está me ajudando! – disse o bode no dia seguinte. Botou as portas e resolveu:
         - Amanhã já posso me mudar pra cá.
         E foi embora.
         Ao ver  as portas no lugar, a onça pensou:
         - AH! Deus está me ajudando!
         A onça tratou de colocar as janelas e decidiu:
         - Amanhã mesmo vou me mudar.
         No dia seguinte, o bode chegou primeiro. Entrou na casa e, de repente, quem aparece? A onça.
         - O que você faz na minha casa? – perguntou o bode.
         - Sua casa? Esta casa é minha. – disse a onça.

  Branca  Portes
1  - Você gostou dessa versão da história “A ONÇA E O BODE”? De qual parte mais gostou? Você conhecia algum detalhe diferente? Qual?

2 – Algumas pessoas dizem que essa história terminou bem. Outras falam que terminou muito mal. E você? Como acha que terminou? Justifique sua resposta.

3 – Você conhece alguma pessoa que não tem casa?

4 – Por que será que  algumas pessoas não tem onde morar?

5 – Em sua opinião, quais soluções para o problema de moradia no Brasil?

6 -   Escreva no caderno um final para a história “A ONÇA E O BODE” inventado por você. Seja criativo.







HISTÓRIA DE JABUTI SABIDO COM MACACO METIDO



         Jabuti pode parecer bicho meio bobo, assim – pesadão, devagar – mas não é nada disso!
         Índio bem que sabe. Tanto sabe que conta um montão de histórias da esperteza de jabuti.
         E tanto conta que  até muita gente, que nem é índio, aprendeu a contar também. Até casos inventados. Histórias feito esta aqui.
         Diz que era uma vez um jabuti muito esperto que morava lá no meio da mata, na beira do rio.
         Na mata tinha bichos maiores (...), mais fortes (...), mais abraçadores (...), mais fedorentos (...).
         Mas não tinha bicho mais esperto que o jabuti.
         Uma coisa que acontece muito com quem não é esperto, imagine só... É justamente ficar “se achando” o mais esperto do mundo!
         e era isso que acontecia lá na mata. (...)
         Daí que resolveram fazer um concurso. Concurso bem concorrido, de ver quem era “o mais sabido”. E escolheram o homem para ser juiz. Mais exatamente um curumim, filhote de homem.
         Curumim chegou e viu os bichos todos reunidos. Foi logo começando e perguntando:
         - Qual a esperteza de vocês?
         Cada um foi contando vantagem. (...) A raposa se gabava de que, uma vez, se fingiu de bicho-folhagem.
         Só o jabuti não dizia nada. Quando curumim perguntou a ele, foi desconversando:
         - Não sei nada disso, não9 ... Eu sou é muito bobo. Qualquer um me engana.
         Curumim logo viu que aquilo era mesmo disfarce danado de esperto, para ninguém prestar atenção nele. Ai, mudou de conversa e disse assim:
         - Só pode ser fruta! As melhores frutas da floresta! Quem ganhar escolhe quantas quiser.
         (...) Todos ficaram de acordo. Ai, curumim perguntou:
         - “ O que é, o que é, que fica acima do céu?
         A onça, que era mais forte, fez questão de responder antes de todo mundo. E gritou:
         -  Ovo! 
         Ninguém entendeu. Masw é que ela achava que toda pergunta que começa com “o – que – é – o – que – é?” tem a mesma resposta: ovo. (...).
         Se não fosse resposta da onça, todo mundo tinha caído na gargalhada.
         Mas, dela, o pessoal tinha um medo danado! Por isso, fizeram de conta que não tinham ouvido nada. Só curumim falou:
         - (>>>) Está errado!
         Cada bicho foi dando uma resposta (...). ninguém acertava. Até que o macaco disse:
         - É Deus!
         E o jabuti disse:
         - É o acento agudo do é.
         Ficou a maior discussão, uma achando que podia ser qualquer uma das duas respostas. Outros garantindo que só um tinha razão.
         E curumim falou, pedindo atenção:
         - Vamos desempatar na escolha do prêmio. Quantas frutas você quer, macaco? Quantas você quer, jabuti?
         O macaco, muito guloso, logo propôs:
         - Agora não quero nenhuma, que estou de barriga cheia. Vou guardar para amanhã de manhã. E ai vou querer todas as frutas que eu conseguir comer em jejum.
         O jabuti nem se apressou  e foi com calma que falou:
         - Quero uma.
         Todos se espantaram:
         - Uma?
         Ele confirmou:
         - Isso mesmo! Juntem todas as frutas que tiverem e contem todas. Uma é minha. Podem ficar com as outras.
         No dia seguinte, bem cedo, lá estava os bichos reunidos, na frente de uma pilha de frutas enorme. Tinha (...) tudo quanto é fruta boa que der para se imaginar. O macaco, que não comia desde a véspera, foi logo avisando:
         -  Eu começo!
         E começou mesmo, rindo, achando que depois que acabasse com todas as frutas que conseguisse comer, em jejum, não ia sobrar nada para o jabuti. Mas quando ia descascar a segunda banana para botar na pança, ouviu logo o jabuti com sua voz mansa:
         - Pode ir parando ...acabou sua vez!
         - Como acabou? Ainda estou começando ...
         - Nada disso, você podia comer tudo o que conseguisse, em jejum. Só que agora não está mais em jejum, porque já cpmeu uma banana. Acabou.
         Foi uma gargalhada geral, todos rindo do guloso. O macaco foi embora, de cara feia, furioso.
         Curumim anunciou:
         - Agora é a vez do jabuti. Vamos contar as frutas, para ele tirar a dele.
         E começou a contar:
         - Uma, duas, três ...
         - Pode ir parando – interrompeu o jabuti. – Deixa eu pegar a minha, essa ai que você chamou de uma.
         E pegou. Depois disse:
         - Vamos, conte!
         Quando curumim recomeçou e disse de novo:
         - Uma...
         O jabuti interrompeu outra vez:
         - Uma? Então é minha...
         E assim foi até o fim. Curumim não conseguia contar, porque toda vez que ele dizia uma, o jabuti pegava a fruta para ele e dizia:
         - É minha. Só quero uma.
         “De uma em uma.” Ficou com toda a pilha!
         Fruta de sobra, para ele dividir com os amigos e com toda a família.

Ana Maria Machado


1 – Para você, o que é ser esperto?
2 – Por que o curumim foi escolhido para ser o juiz?
3 – O que fez o macaco perder o prêmio?
4 – De que maneira o jabuti agiu para ganhar todo o prêmio?
5 – Quais bichos aparecem na história?
6 – O que significa a palavra curumim? Consulte o dicionário.
7 – Nessa história, que bicho era mais temido?
8 – Complete a tabela com características de cada personagem de acordo com a história.

Personagem
Característica
Onça


Macaco


Jabuti


curumim



9 – Você gostou dessa história? Justifique sua resposta.
10 – Pesquise e coloque os personagens se apresentando. Cada um deve dizer o nome popular, o nome científico,, a classe, o habitat, hábitos alimentares e reprodução.      
        
          


                                O GATO E A BARATA

                  A baratinha velha subiu pelo pé do copo que, ainda com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto da cozinha, desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena distância que nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu – se, bebeu mais vinho, ficou mais tonta, debateu – se mais, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de suas aflição, do alto do copo.
     - Gatinho, meu gatinho – pediu ela – , me salva, me salva. Me salva que assim que eu sair eu  deixo você me engolir inteirinha, como você gosta. Me salva.
     - Você deixa mesmo eu engolir você? – disse o gato.
     - Me saaaalva! – implorou a baratinha. –  Eu prometo.
             O gato então virou o copo com uma pata, o líquido escorreu e com ele a baratinha que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde caiu na gargalhada.
     - Que é isso? – perguntou o gato. – Você não vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu comer você inteira.
     - Ah, ah, ah – riu então a barata, sem poder se conter. - E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma barata velha e bêbada?

Moral: Ás vezes a autodepreciação nos livra do pelotão.

(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. 8. ed. Rio de Janeiro, Nórdica, 1963. p. 15-6.)

1     -  Quais as personagens das fábula?
2     - O que aconteceu à barata?
3     - O que fez ela, quando se viu presa dentro do corpo?
4     - Segundo o autor, por que o vinho subiu logo à cabeça da barata?
5     - Que faz o gato ao ver a aflição da barata?
6     - Vendo – se salva, como age a barata?  Como reage quando o gato lhe cobra a promessa?
7     - Explique a moral da fábula com suas palavras.
8     - Você concorda com a moral do texto? Justifique sua resposta, procurando ilustra – la  com um fato de que tenha tido conhecimento ou que tenha acontecido com você.
9     – Crie uma  outra moral para essa fábula. (pode ser individual ou em dupla).





                    A cigarra e a formiga

                                                                              (Jean La Fontaine)

Tendo a cigarra cantado  durante o verão,
Apavorou-se com o frio da próxima estação.
Sem mosca ou verme para se alimentar,
Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,
Pedindo-lhe alguns grãos para aguentar
Até vir uma época mais quentinha!
"Eu lhe pagarei", disse ela,
"Antes do verão, palavra de animal,
Os juros e  também o capital."
A formiga não gosta de emprestar,
É esse um de seus defeitos.
"O que você fazia no calor de antes?"
Perguntou-lhe ela com certa esperteza.
"Noite e dia, eu cantava no meu posto,
Sem  querer dar-lhe desgosto."
"Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"



1-Quais são os personagens da história?

2- Escreva um dos defeitos da formiga escrito no texto.

3 - O que a formiga quis dizer para a cigarra, nos versos:
"Você cantava? Que beleza!
Pois, então, dance agora!"

R: _____________________________________________

4  – Observe o perfil do texto, a maneira  como foi  organizado.
a)    A narrativa está escrita em prosa ou em versos?
b)   Há rimas? Dê alguns exemplos.
c)   Que nome recebe esse tipo de texto?

5 – Alguns versos são exemplos de discurso direto, ou seja, indicam fala de personagem.
a)   De que maneira o discurso direto está indicado?
b)   Copie os versos que são fala da cigarra.
c)   Que outra maneira existe para indicar a fala de personagem?

6 – O texto está na linguagem formal ou informal? Justifique sua resposta.

7 – O que você achou do desfecho dessa fábula? Explique.

8 – Se você tivesse de criar outro desfecho, como ele seria?

9 – Colocando em prática o que você já aprendeu descreva o que é uma  fábula.

10 - Você conhece outras fábulas? Se a resposta for “Sim”,  escreva quais você já conhece?








As ilustrações de fábulas podem servir como matéria-prima para várias atividades em
sala de aula:
1) imaginar e escrever um diálogo entre os animais que aparecem na ilustração;
2) em dupla, fazer uma leitura em voz alta do diálogo;
3) com bonecos de papel recortado, dramatizar o diálogo;
4) imaginar o que aconteceu antes e o que vai acontecer depois da cena representada;
5) desenhar a cena anterior e a cena posterior;
6) escrever o que aconteceu nessas cenas.
Se você quiser, durante um mês, desenvolver uma unidade de leitura sobre fábula, você poderia selecionar vinte fábulas13. Quatro dessas fábulas poderiam ser objeto de alguma das várias atividades sugeridas neste texto. As outras dezesseis fábulas poderiam simplesmente ser lidas em voz alta. Nos outros dias da semana, você poderia ler uma fábula por dia para os alunos. Poderia fazer um comentário, incentivar os alunos a comentarem, mas sem “cobranças”: comenta quem quiser comentar. Ninguém deve ser penalizado por não falar. Por outro lado, é preciso colocar um pouco de limites em quem não permite que os outros falem, mesmo sem querer, até mesmo por excesso de extroversão... Depois de uma semana você poderia ir alternando uma fábula lida por você com uma fábula lida por um aluno. Conforme o desempenho de leitura dos alunos, na última semana só os alunos leriam. Eventualmente, um grupo de alunos poderia fazer a leitura em voz alta de uma fábula, distribuindo as falas entre o narrador e os personagens.
Livros artesanais confeccionados pelos alunos, com reescritas de fábulas, ilustradas; exposição de desenhos; apresentações de teatro de bonecos – tudo isso podem ser formas de mostrar o trabalho dos alunos para a escola e para a comunidade escolar.


Leia as fábulas abaixo.


    Fábula 1          



                            O SAPO E A COBRA


         Esta fábula do folclore africano faz- nos refletir sobre  como o mundo seria melhor sem os preconceitos que afastam as pessoas.

         Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
         - Olá! O que você está fazendo estirada na estrada?
         - Estou me esquentando aqui no sol. Sou uma cobrinha e você?
         - Um sapo. Vamos brincar?
         E eles brincaram a manhã toda no mato.
         - Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando sobre o tronco - disse a cobra..
         E eles subiram.
         Ficaram com fome e foram embora, cada um para a sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
         - Obrigada por me ensinar a pular.
         - Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
         Em casa o sapinho mostrou para a sua mãe que sabia rastejar.
         - Quem ensinou isso a você?
         - A cobra minha amiga.
         - Você não sabe que a família da cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
         Em casa a cobrinha mostrou a mãe que sabia pular.
         - Quem ensinou isso a você?
         - O sapo meu amigo.
         - Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu com a família do sapo e…bom apetite! E para de pular. Nós cobras não fazemos isso.
         No dia seguinte cada um ficou no seu canto.
         - Acho que não posso rastejar com você hoje – pensou o sapo.
         A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: “Se chegar perto, eu pulo e o devoro”.
         Mas lembrou- se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho. Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a c obrinha não brincaram mais juntos. Mas ficaram sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos…


Autor desconhecido

Fábula 2

A COBRA E OS PÁSSAROS

            Todas as manhãs, bem cedo, um bando de pássaros cortava os ares percorrendo a mesma rota que os levava a uma floresta relativamente distante do lugar aonde passavam a noite. Eles não eram nem muitos, nem poucos, talvez uns quarenta, mais ou menos, e voavam a baixa altura batendo as asas em cadência uniforme e emitindo “crocs” estridentes e continuados, como se sua pretensão fosse a de contar aos que os viam que naquele momento eles iniciavam uma nova batalha em sua luta pela sobrevivência. Só que daquela vez o líder do bando não ia à frente da formação, como fazia costumeiramente; ele se postara à retaguarda dos companheiros, e os acompanhava com olhos e ouvidos abertos, prestando redobrada atenção ao que via e ouvia.
            A razão desse cuidado estava em que o bando vinha ficando menor a cada dia, perdendo integrantes de uma forma que ninguém conseguia explicar, e por isso o líder dos pássaros resolvera decifrar aquele mistério que se transformava paulatinamente em sentimento medroso, o que não era bom. E assim lá iam eles percorrendo a trilha aérea, quando de repente, ao passarem rente ao topo de uma colina, sua formação em “v” se desfez por instantes, como se tivesse sido atingida por vento forte, mas logo foi recomposta pelas aves que seguiram em frente, menos uma, cujo vôo tomou outra direção, aparentemente atraída por alguma coisa. O líder dos pássaros viu tudo aquilo, inclusive a enorme cobra que se escondera enrolando seus numerosos anéis em meio à grama alta, e dali aspirava o ar com força descomunal, sugando para dentro de sua boca os pássaros que passavam a uma distância relativamente pequena.
            Uma vez identificado o perigo, o líder dos pássaros tomou a decisão correta e passou a conduzir seu bando por outra rota menos perigosa. Desse dia em diante a cobra não conseguiu apanhar mais nenhuma das aves que todos os dias, de manhã bem cedo, passavam voando em direção à floresta relativamente distante do lugar aonde  passavam a noite.


            Moral da história: Não existe problema insolúvel. Uma vez identificada sua causa, se torna fácil dar um fim a ele.



Fernando Kitzinger Dannemann
1 – O que tem em comum nos títulos destas duas narrativas?
 2 – Que ensinamento cada fábula nos transmite?
Fábula  1: ____________________________________________
____________________________________________________
Fábula  2: ____________________________________________
____________________________________________________
3 – Indique qual das duas fábulas mais lhe agradou. Justifique.
4 - Use a imaginação e escreva estas duas fábulas se apresentando uma para a outra.


                     O BEIJA-FLOR E O ELEFANTE.

         Relata a fábula que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, vivendo todos em paz e desfrutando daquele lugar maravilhoso.
         Num certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores.
         Os animais para salvar-se do incêndio começaram a correr, fugindo...
         Eis que, naquele momento, uma cena muito estranha acontecia. Um beija-flor voava da cachoeira ao fogo, levando gotas d'água em seu pequeno bico, tentando amenizar o grande incêndio.
         O elefante, admirado com tamanha coragem, aproximou-se e perguntou ao beija-flor:
         - Seu beija-flor, o senhor está ficando louco? Não está vendo que não vai conseguir apagar esse incêndio com gotinhas d'água? Fuja enquanto é tempo! Não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?      
         E o beija-flor respondeu:
         - Sei que apagar este incêndio não é apenas problema só meu Sr elefante. Eu apenas estou fazendo a minha parte! Preciso deste lugar para viver e estou dando a minha contribuição para salvá-lo!  O Senhor elefante tem razão quando diz: “ há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas”,  mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada vôo que fizer da cachoeira até lá,  estarei fazendo o melhor que posso para evitar que nossa floresta seja destruída.
         Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas.
         Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se para a cachoeira formando um imenso exército de combate ao fogo. E venceram o incêndio...
         Ao cair da noite, os animais da floresta estavam exaustos pela dura batalha vivida, mas vitoriosos porque permaneceram sobre a relva que duramente haviam protegido.
         Já pensou como a natureza com seus animais está repleta de lições para vida. Existem muitos seres irracionais que nos transmitem excelentes lições. Considere a abelha com a sua disciplina e modelo de vida em sociedade, a aranha com a sua perseverança, a formiga com a sua força de trabalho, a pomba com a sua mensagem de paz, o cachorro com a sua lealdade e tantos outros... Essa  fábula   O BEIJA-FLOR   E   O ELEFANTEnos ensina que sempre podemos fazer a diferença! O seu modelo de atitude; arrastando outros com o seu exemplo, fazendo o melhor possível com perseverança, persistência e fé.  Serve como parada para uma boa reflexão na floresta onde vivemos!   Em que os valores éticos estão se perdendo na sociedade como um todo,  estamos incertos onde vai parar tanta violência e tanto outros descalabros! Precisamos de muitos beija-flores! Beija-flores que não desistam na primeira dificuldade, mesmo diante de inúmeros maus exemplos e que reforcem com grandes atitudes suas qualidades, resistindo bravamente, sendo exemplos a serem seguidos, podendo através do seu agir atrair tantos outros, formando um verdadeiro exército na transformação de um mundo melhor, mais justo e repleto de oportunidades. Façamos assim a nossa parte!

Valdemir Reis

1 – Leia com bastante atenção. Em seguida responda a questão abaixo.
           Qual a intenção do autor ao criar essa lenda?
2 – Em dupla elabore, em folha avulsa, questões de compreensão do texto.
3 – Troque a folha de questões com outra dupla, para ela responder  as questões e fazer, se necessário, correção de alguma palavra ou formulação de questão.
4 – Ler em voz alta as questões elaboradas pelos colegas e as respostas  dadas pela dupla.
5 – Escrever na folha os nomes dos colegas que elaboraram as questões e os nomes de quem respondeu. Em seguida entregar ao professor para uma verificação de erros e acertos.


FÁBULA "O BEIJA-FLOR E A FLORESTA"


         Lembram da fábula "O beija-flor e a floresta" utilizada em uma das campanhas do Betinho - Ação pela Cidadania?
         É uma excelente história para trabalhar o tema "Sustentabilidade" principalmente a ambiental.
         Em sala trabalhamos e comparamos a mesma história em três textos distintos, realizando a interpretação oral e escrita.
         Primeiro ouvimos a história em forma de música.

TEXTO 1

                               Um Mundo Melhor
                                                                                                     Cristina Mel
Uma vez teve um incêndio na floresta.
Os animais fugiam sem parar.
E o leão, na confusão, franziu a testa.
Quando viu o beija-flor ficando lá.
Indo ao rio e pegando em seu biquinho.
Um pouquinho, d´água pra jogar.
Num incêndio, bem maior que um passarinho.
O leão se interessou em perguntar:
Por que é que você está fazendo isso?
Se esse fogo é muito grande pra você!
Faço isso, porque essa é a minha parte!
Eu lamento que você não vá fazer
Esse exemplo de responsabilidade.
Cada um de nós devia ter.
Bastam gotas de boa vontade.
Pra que a gente possa então fazer...

Um Mundo Melhor...
Pro futuro não ser mais apenas utopia.
Um Mundo Melhor...
Pra esperança se realizar a cada dia.
Um Mundo Melhor...
Pra que nossos pais não tenham mais preocupações.
Um Mundo Melhor...
Pra todas as tribos, raças e nações.
Um Mundo Melhor...
Mais pra maioria e menos para minoria
Um mundo melhor...
A melhor maneira de fazer democracia.
Um Mundo Melhor...
Pra que todos possam ter a sua liberdade.
Um Mundo Melhor...
Liberdade, mas sem irresponsabilidade.
Um Mundo Melhor...
Onde a gente não precise mais pedir ajuda.
Um Mundo Melhor...
Onde tudo pra melhor o tempo todo muda.
Um Mundo Melhor...
Pra gente só viver o amor e não fazer mais guerra.
Um Mundo Melhor...
Pros seres vivos habitantes do planeta Terra.
Um Mundo Melhor...
Pra aqueles que trabalham para um novo mundo.
Um Mundo Melhor...
Onde não exista medo nem por um segundo.
Um Mundo Melhor...
Onde ninguem mata pra matar a fome.
Um Mundo Melhor...
Pros homens de bem e pro bem dos homens.
Um Mundo Melhor...
Pra consciência dos que têm tudo nessa vida.
Um Mundo Melhor...
Pra quem não tem nada, nem um prato de comida.

Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...


TEXTO   2

                            A fábula do beija-flor

 
                Diz a lenda que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos.
            Certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores.
            Os animais assustados diante da terrível ameaça de morrerem queimados, fugiam o mais rápido que podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha indo veloz em direção ao foco do incêndio e dava um voo quase rasante por uma das labaredas, em seguida voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou a atenção de um elefante, que com suas orelhas imensas ouviu suas idas e vindas pelo caminho, e curioso para saber porquê o pequenino não procurava também afastar-se do perigo como todos os outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele prontamente atendeu, pairando no ar a pequena distância do gigantesco curioso.
            – Meu amiguinho, notei que tem voado várias vezes ao local do incêndio, não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?
            – Tem razão senhor elefante, há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada voo que fizer do lago até lá, estarei fazendo a minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída.
            Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas.
            Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo.
            Quando a noite chegou, os animais da floresta exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado.

                                                            Fonte:
http://www.truco.com.br/beijaflor/betinho.html



TEXTO 3

                                O Beija-flor e a Floresta
                                                                                                               Betinho


         Há muito tempo atrás uma floresta cheia de árvores, pássaros e flores começou a pegar fogo. Os animais corriam tratando de salvar sua própria pele. Foi ai que um leão parou ao ver que um beija-flor pegava água do rio, jogava no fogo e voltava pro rio.
         - Ah beija-flor! Você acha que sozinho vai apagar esse fogaréu todo? - Disse o leão.
         E o beija-flor respondeu:
         - Sei que não posso apagar esse fogo sozinho, estou apenas fazendo a minha parte.


Atividades dos textos 1, 2 e 3:

1-Identifique o tipo de cada texto:

Texto 1- _______________________________________
Texto 2- _______________________________________
Texto 3- _______________________________________


2-Qual é o personagem principal de todos os textos?

3- Qual o local dos acontecimentos dos fatos dos textos?

4-Houve mudança de personagem em algum deles? Qual texto e qual personagem?

5-O texto 2 apresenta um desfecho diferente dos outros dois textos, qual a finalização de cada texto?

Texto1- ______________________________________________________
_____________________________________________________
Texto2- ______________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________
Texto3- _____________________________________________________
______________________________________________________

6- O que o beija-flor quis dizer com a expressão “estou fazendo a minha parte”?

7- Os textos trazem a floresta como local onde havia um problema a ser resolvido. Quanto ao tema “Sustentabilidade… meu mundo ainda tem futuro!” qual é o lugar e o problema que temos a resolver?

8- Quais os benefícios de se preservarem áreas verdes do planeta?
9 - Qual é a “sua parte” para ajudar na manutenção e preservação da saúde do meio ambiente?

10 – Escreva os sentimentos que essa leitura despertou em você.




JUPITER E A ABELHA


Houve um dia em que a rainha das abelhas entendeu ser necessário agradecer ao deus Júpiter por tudo quanto ele havia lhes dado, principalmente os campos, as flores e o néctar em abundância. E decidiu presenteá-lo com o que de melhor elas possuíam para oferecer-lhe, que era o mel produzido por cada uma graças à fartura da matéria prima que a divindade colocara à disposição de todas. Então ela procurou as melhores colméias, recolheu a quantidade de mel que julgou ser suficiente e voou com ele para o Monte Olimpo, onde morava o maior dos deuses.
Júpiter ficou tão satisfeito com o presente recebido que desejou retribuí-lo, e para isso prometeu dar à abelha qualquer coisa que ela desejasse. Ao ouvir tal oferecimento, a rainha não se conteve e pediu:
         - Oh, Júpiter, dê-nos um ferrão com o qual possamos nos defender. Mas que seja tão forte e resistente que com ele sejamos capazes de ferir e matar aqueles que se aproximarem de nossa casa com intenção de nos roubar o mel.
         O deus maior não gostou do espírito vingativo facilmente perceptível no pedido feito pela abelha, mas como não podia voltar atrás na palavra empenhada, ele declarou:
         - Vou lhes dar o ferrão que me está sendo pedido, mas com a condição de que se vocês o usarem para atacar qualquer coisa viva, a picada poderá ser mortal.
         Ao ouvir essas palavras a rainha das abelhas bateu palmas de contentamento, mas tão logo fez menção de agradecer à benesse recebida, Júpiter completou sua fala: 
- Mas devo avisá-la de que a picada será mortal também para vocês, porque como o ferrão se quebrará no momento em que for usado, a  abelha que tiver feito isso morrerá logo em seguida.


Moral da história: Quem pratica o mal, recebe o mal como recompensa.




Fernando Kitzinger Dannemann


1 – Preencha o quadro.
Titulo do texto
Autor
Personagens
Gênero







2 – Você concorda com a moral que o autor escreveu? Que outra moral você daria?
3 – Em sua opinião, para que público o autor escreveu essa fábula?
4 – Com que intenção você acha que ele escreveu?
5 -  Que tipo de narrador essa fábula apresenta?  Transcreva um trecho que comprove sua resposta.
6 – Reconte essa fábula com suas palavras, dando assim uma nova versão.



                         A raposa e a cegonha

         A raposa convidou a cegonha para jantar. Disposta a pregar uma peça na outra, serviu a sopa num prato raso. Enquanto a raposa comia a valer, a cegonha, com seu bico enorme, não conseguiu provar uma gota que fosse. Ficou morrendo de fome, com o estômago a roncar, mas não disse nada.
         No dia seguinte, um pombo correio entrgou um bilhete para a raposa, no qual estava escrito:

   “Venha jantar em minha casa hoje à noite".
                                                                                              Cegonha

         A raposa aceitou o convite e, na hora marcada, estava cheia de gentilezas na casa da outra.
         Quando se sentaram à mesa, a raposa teve uma decepção e tanto. O delicioso ensopado de carne foi servido em jarras altas com gargalo estreito. Para a cegonha bastava colocar o bico, mas a raposa não conseguia comer de jeito nenhum.
         Foi embora muito antes do que planejava, com o rabo entre as pernas.
         Moral: Trate os outros da mesma forma que você deseja ser tratado.

Jean La Fontaine. Lúcia Tulchinski (adap.). Fábulas de Esopo. SÃO Paulo, Scipione, 1998.

1 – Quem são os personagens do texto?
2 – Quem fez o primeiro convite?
3 – Por que a raposa convidou a cegonha?
4 – Qual foi a atitude da cegonha?
5 – Organize os acontecimentos na ordem em que aparecem no texto:
         A cegonha serviu o jantar em jarras.
         A cegonha convidou a raposa para jantar.
         A raposa nada pôde comer.
         A cegonha foi à casa da raposa e não conseguiu comer nada.
6 – Qual é a sua opinião sobre a atitude da raposa? E sobre a atitude da cegonha?
7 – O que você achou da moral da história?
8 – Na história “A raposa e a cegonha”, a raposa trata mal a cegonha em um jantar em sua casa. Por conta disso, a cegonha se vinga da raposa tendo a mesma atitude que ela.
         O que você acha de mudar o final dessa história? Imagine, por exemplo, que a a cegonha resolveu ter uma atitude diferente da assumida pela raposa e a trate com respeito e educação.

         Observe as seguintes orientações:
·        Ao escrever a fábula, modifique a moral, de acordo com o novo final criado para a história.
·        Se desejar, crie um novo título para a fábula.
·        Nos diálogos, utilizem dois pontos e travessão ou aspas.
·        Não esqueça de que, nas fábulas, os animais comportam-se como seres humanos.



                                 O cachorro e o pato


         Numa fazenda muito distante da cidade, moravam vários animais, dentre eles o cachorro e pato, mas esses dois nunca se deram bem.
         Um dia, o cão resolveu ir embora sem avisar a ninguém. No caminho, ele começou a falar sozinho:
         -Eu só vou embora, por causa do pato.
         Ao amanhecer o dia, o pato não encontrou o cachorro, então começou a dizer:
         -Onde está aquele cachorro chato???
         Aconteceu que, o cão começou a sentir  falta do pato e o pato dele, assim o cão, com muita saudade, resolveu voltar.

MORAL: É preciso perceber a importância que têm aqueles que convivem com a gente.


                                                           
Yris Natália da Silva Barros

 

 

                                      O Desafio

 


         Numa bela manhã de sábado, toda a bicharada estava reunida, inclusive Tatá, o grilo sabichão e a formiga Nina.
         Os dois, como sempre, viviam brigando e disputando para saber quem corria mais.
         Tatá propôs um desafio para Nina, assim iriam tirar essa dúvida. Eles marcaram uma corrida. Tatá ficou zombando de Nina, pois ela nunca conseguiria ir ao outro lado da floresta, por ser pequena.
         Chegou a hora esperada, todos estavam lá, então a corrida começou. O grilo saiu na frente, depois ficou cansado e decidiu tomar um pouco de água num riacho que tinha ali perto. Nem se preocupou com o tempo, pois achava que a formiga nunca iria ganhar. Chegando ao riacho, ele encontrou uma barata e os dois começaram a conversar.
         Nada do grilo lembrar da corrida, quando se lembrou, era tarde demais, pois Nina já tinha vencido a corrida.



MORAL: Nunca devemos zombar dos outros pelo tamanho, nem por idade, pois todos somos capazes de algo, basta acreditar.
Maria Edinara Costa

             

                                       O coelho e a cobra

 


         Um belo dia, o coelhinho saiu para colher cenouras, e acabou deixando a porta de sua casa aberta. Ao voltar, ele percebeu que a casa estava fechada, então pensou:
         -Quem está aí dentro?
         O coelho bateu à porta e, apareceu uma cabra dizendo:
         - Saia da minha casa! Eu sou a cabra Cabrez, te dou um salto e te parto em três.
         O coelhinho saiu correndo, viu um boi, pediu:
         - Seu boi uma cabra invadiu minha casa, ainda disse que me dá um salto e me parte em três. Ajude-me, seu boi.
         O boi teve medo, e disse para o coelho que estava muito ocupado.
         O coelho viu o cachorro dormindo, e disse:
         - Acorda pra latir.
         Respondeu o cachorro:
         - Au, au!!!
         O coelho pediu:
         - Seu cachorro, pode me ajudar? A cabra Cabrez invadiu minha casa e ela disse que me dava um salto e me partia em três.
         O cachorro estava com muito sono e preferiu voltar a dormir.
         Assim, o animalzinho se desesperou e começou a chorar, quando veio uma abelhinha bem pequena e disse:
         _ Por que está chorando, coelhinho?
         Ele respondeu:
         _ Por que a cabra Cabrez invadiu minha casa, e ela disse que me dá um salto e me parte em três.
         A abelhinha foi até a casa do coelho e bateu à porta. A cabra já queria saltar em cima da abelha, mas a abelha deu uma ferroada tão forte na cabra, que ela correu e nunca mais se ouviu falar na cabra Cabrez.


MORAL: Tamanho não é documento.
                                                                                                 Ana Cíntia da Silva Rocha


1 – Qual dessas fábulas lhe pareceu mais interessante?
2 – Você discorda de alguma “Moral” dessas histórias? Justifique.
3 – Em que lugar acontece cada história?
4 – Toda fábula apresenta esta estrutura: situação inicial (apresentação do problema vivido pelas personagens) – estratégia (busca de soluções para o problema inicial) – efeito (solução do problema) – moral (conclusão que transmite um ensinamento de acordo com o ocorrido na fábula).
         Releia as fábulas e reproduza a tabela no caderno completando-a.


Situação inicial
estratégia
efeito
moral
                      O cachorro e o pato




                        O Desafio




O coelho e a cobra






5 – Produza uma fábula escolhendo uma moral abaixo:
         A inveja é a arma dos incompetentes.
         “Filho de peixe, peixinho é.”
         “Quem ri por último, ri melhor.”
         “Quem vê cara não vê coração.”
         “Faz bem quem presta atenção aos conselhos dos mais velhos.”

Observação: A história deve ser coerente com a moral escolhida.




UMA HISTÓRIA EM DUAS MANEIRAS

                      O leão e o ratinho

         Certa vez, dois ratinhos estavam brincando na floresta e um deles, sem querer, pulou em cima de um leão que estava deitado dormindo. O  leão acordou e agarrou o ratinho.
         O ratinho implorou ao leão que o perdoasse, pois não tinha feito quilo de propósito. O leão achou que não seria digno dele matar o ratinho, e deixou-o partir.
         Alguns dias depois, o leão caiu numa armadilha. Ele rugiu e urrou tão alto que o ratinho ouviu e foi vero que acontecera.
         Quando viu o leão preso na armadilha, o ratinho disse-lhe para não se preocupar, pois iria retribuir sua generosidade. Começou a roer os nós e as cordas até que, afinal, conseguiu libertar o leão, que pode voltar para a floresta.

         Moral: Aquele que, com sinceridade, pede perdão deve ser perdoado (...) .

Fábulas de Esopo. Trad. de Ricardo Gouveia. São Paulo, Martins Fontes, 1997.

                                              O leão e o rato

         Saiu da toca um ratinho
         que teve triste surpresa:
         viu-se à frente de um leão,
         imaginou-se sua presa.

         O leão, no entanto,
         quem podia imaginar,
         não tinha lá muita fome,
         não quis o ratinho matar.

         Esse gesto, quem diria,
         teve um troco inesperado
         quando o leão se viu
         em uma rede, amarrado.  

         O rato que ali passava
         reconheceu o leão,
         que, sem forças, procurava
         por alguma solução.

         Correu o pequeno ratinho
         com firmeza e decisão,
           roeu a maldita rede
         e libertou o leão.

         Amor com amor se paga,
         é essa a nova lição,
         se puder, ajude sempre,
         ofereça a sua mão. 

(Autor desconhecido)

1 – A mesma história foi narrada em duas versões. Quais são essas versões?
2 – Que personagem é representada primeiro em cada versão?
3 – Nas duas versões o ratinho se encontra com o leão, mas o encontro não acontece da mesma maneira. Qual é a diferença?
4 – Nas duas fábulas o ratinho é poupado pelo leão, mas por motivos diferentes. Qual é a diferença?
5 – As estrofes 3ª e 4ª e os parágrafos 3 e 4, em prosa,  contakm o meio da história. O que acontece?
6 – O final das duas versões é o mesmo: o ratinho liberta o leão da armadilha. Na sua opinião, por que ele agiu dessa maneira?
7 – Qual das duas versões exige do leitor maior atenção durante a leitura silenciosa e em vo0z alta? Por que?
8 – A narrativa em prosa está em que discurso, direto ou indireto? Justifique sua resposta.
9 -  Não existe narrativa sem narrador, pois é ele quem organiza a história. Ele pode se apresentar como: alguém que apenas observa e conta a história sem participar dela (narrador observador);  alguém que conta e participa diretamente da história como personagem (narrador personagem).
a)   Como o narrador se apresenta nesta fábula? O que comprova sua resposta?
10 - Reproduza a fábula em prosa, empregando o discurso direto ( utilizando dois pontos e travessão ou aspas nas falas das personagens).
11 – Ilustre uma das versões.
12 - Produza uma fábula com uma dupla de animais apresentado abaixo, empregando o discurso que desejar. Não esqueça da ilustração.
O tigre e o coelho
A onça e o esquilo
A cobra e o sapo
O gato e o pardal



COMPLETANDO A FÁBULA

O leão e o ratinho

            Uma numerosa família ___ ratos morava ___ um velho tronco de árvore: ___ avô ___ neto podiam-se contar oito ratinhos.
            O avô contava orgulhoso que nunca tinha sido caçado ___ um gato nem ___ leão e, então, dava conselhos ___ netos.
            Um dia, o avô  saiu ___ um passeio e sentiu que alguma coisa prendia seu rabo. Era um leão, que por sorte estava ___ barriga cheia porque tinha acabado ___ comer um leitão, e resolveu  soltar o vovô rato.
            Depois ___ algum tempo, passado o susto, o rato saiu ___ novo passeio e ouviu o rugido ___ ____ tentando se livrar ___ uma armadilha.
            Vovô rato roeu, ____, _____ sem descansar e sem parar. O ____ conseguiu libertar o _______.

            Moral: É sempre bom fazer amigos!

Fábula 2, de Mary e Eliardo França. São Paulo, Átiva, 1999. Texto adaptado.

Agora reconte a história e empregue o discurso direto.







Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.

Descer no escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Atividades:

1) Qual o título do poema?
R=____________________________________________________________

2) Quem é o autor (a) do poema?
_______________________________________________________________

3) De quantos versos é composto o poema? E de quantas estrofes?
Versos =________________________________
Estrofes =_______________________________

4) Você concorda com estes direitos que a autora descreve no seu poema? Você acrescentaria mais alguns direitos? Quais?

5) Circule os verbos de acordo com a legenda:

Verde > Da primeira conjugação
Vermelho > Da segunda conjugação
Azul > Da terceira conjugação






                        DE QUE COR É?                                                  (Luciana de Almeida)

Abra os olhos ... olhe bem a sua volta...
Quantas cores você viu? Amarelo, alaranjado, verde, azul, anil...
Tudo nesse mundo tem cor!
A gema do ovo da ema é amarela como o sol no céu.
A pena da cauda do pavão é da cor de cada momento:
VERMELHA, quando está com raiva;
AZUL, quando está contente; AMARELA, quando está cansada;
VIOLETA, quando está por um triz. MULTICOLORIDA, quando está feliz!

1)- Estudando o texto:
a)- Título:
b)- Autora:
c)- A autora diz que cada momento tem a sua cor. Por quê?

2)- De que cor você pintaria:
a)- a saudade?
b)- a dor?
c)- o amor?
d)- a tristeza?
e)- a preguiça?

3)- Forme frases com as palavras:
a)- céu:
b)- amarelo:
c)- contente:
d)- cansada:








            A história que você vai ler, a seguir, foi contada por Heloisa, uma das pessoas que fazem parte da família Schumann. Essa família é formada por velejadores que, em 1997, resolveram dar a volta ao mundo na mesma rota percorrida, no ano de 1519, pelo navegador português Fernão de Magalhães
            Com certeza, essa família viveu muitas aventuras e sabe, também, de outras tantas aventuras  vividas por seus amigos que também vivem a bordo de navios!!!


                            Diário de Bordo - 8 de novembro de 2005




                      OS PIRATAS EXISTEM!

            Na nossa segunda volta ao mundo na trilha de Magalhães, (1997-2000) enfrentamos em nossa rota muitos perigos, ao passarmos por regiões onde aconteciam ataques de piratas. Fomos vítimas de uma tentativa, mas conseguimos fugir.
            Muitas pessoas, e mesmo navegadores sem conhecimento ou informações atualizadas, acham que o assunto é ficção, mas o perigo é real e está aumentando pelos mares do mundo. Os piratas atacam veleiros, barcos de mergulho e navios de carga. Mas o mais recente ataque foi a um navio de cruzeiro!
            Na semana passada, no dia 5 de novembro, o navio Seabourn Spirit navegava pelo noroeste da África, no oceano Índico, na costa da Somália quando foi atacado por dois pequenos barcos com piratas armados.
            O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30. Os passageiros foram acordados com o barulho de tiros e explosões de granadas. O capitão Sven Erik Pedersen ordenou que todos os passageiros fossem imediatamente para o salão principal, na área interna do navio, para ficarem protegidos, longe da área aberta, exposta ao perigo. O capitão fez de tudo para evitar que os piratas subissem a bordo.
            A tripulação do navio iniciou imediatamente ações de proteção e ações evasivas utilizando armas sônicas, e os homens armados dos dois pequenos barcos não tiveram como subir a bordo. O navio, então, saiu da área de risco.
O Seabourn Spirit tinha, no momento do ataque, 151 passageiros e 161 tripulantes. Destes, apenas um tripulante foi levemente ferido por estilhaços. O navio sofreu apenas arranhões na pintura e pequenos amassados que não comprometem sua estrutura.
            O cruzeiro estava se dirigindo para Mombasa, no Quênia, o último destino de um roteiro de 16 noites que saiu de Alexandria, no Egito. O último destino foi mudado para as ilhas Seicheles.
            Nesse mesmo local, em 1993, o veleiro Serenité de amigos nossos franceses, foi atacado por piratas e seu proprietário foi baleado e morreu ao tentar evitar o ataque e defender sua tripulação.
As empresas que têm navios que passam por esta região deverão evitar estes locais por um bom tempo para a segurança de seus hóspedes.

1) O texto fala sobre aventuras vividas no mar.
a) Qual é o ambiente onde essas aventuras são vividas? Descreva-o de acordo com as pistas que o texto oferece.

b) O texto cita duas referências do tempo em que esses episódios aconteceram.

• O que aconteceu entre os anos de 1997 e 200

• O que aconteceu em 5 de novembro?

• O fato que aconteceu no dia 5 de novembro é referente a que ano?

c) O texto fala sobre diversas pessoas.

• Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu entre 1997 e 2000?

• Quem eram os personagens envolvidos no episódio que ocorreu em 5 de novembro?


2) As aventuras narradas no texto são reais ou ficcionais?


Retire do texto um trecho que comprove sua resposta.


3) Qual é a intenção dos piratas ao atacarem as embarcações?

4) Leia o trecho abaixo, que foi retirado do 4° parágrafo:

" O incidente ocorreu no início da manhã, por volta das 05:30."

• A que incidente o trecho está se referindo?

5) O texto é narrado por Heloísa. No entanto, no 1° parágrafo ela usa várias palavras que dão idéia de que ela não estava sozinha ao vivenciar aquela experiência.

• Grife, no texto, todas as palavras que confirmam essa afirmativa.

• Reescreva o 1° parágrafo como se você estivesse narrando a aventura de Heloísa e de sua família.


                       O MÉDICO FANTASMA
            Esta história tem sido contada de pai para filho na cidade de Belém do Pará. Tudo começou numa noite de lua cheia de um sábado de verão.
            Dois garotos conversavam sentados na varanda da casa de um deles.
            — Você acredita em fantasma? — perguntou o mais novo.
            — Eu não! — disse o outro.
            — Acredita sim! — insistiu o mais novo.
            — Pode apostar que não — replicou o outro.
            — Tudo bem. Aposto minha bola de futebol que você não tem coragem de entrar no cemitério à noite.
            — Ah, é? — disse o garoto que fora desafiado. Pois então vamos já para o cemitério, que eu vou provar minha coragem.
            Assim, os dois garotos foram até a rua do cemitério. O portão estava fechado. O silêncio era profundo. Estava tão escuro... Eles começaram a sentir medo.
            Para ganhar a aposta, era preciso atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério. O garoto que tinha topado o desafio correu. Parou na frente do portão e começou a fazer careta para o amigo. Depois se encostou ao portão e tentou bater a mão nele. Foi quando percebeu que ela estava presa.
            — Socorro! Alguém me ajude! — ele gritou, desmaiando em seguida.
            Nisso apareceu um velhinho vindo do fundo do cemitério, abriu o portão e chamou o outro menino.
            — Seu amigo prendeu a manga da camisa no portão e desmaiou de medo. Coitadinho, pensou que algum fantasma o estivesse segurando.
            O garoto reparou que o velhinho era muito magro, quase transparente.
            — Obrigado. Como é que o senhor se chama?
            — Eu sou o médico daqui. Vou acordar seu amigo.
            O velhinho passou a mão na cabeça do menino desmaiado e ele despertou na mesma hora.
            — Vão pra casa, meninos — ele disse. Já passou da hora de dormir.
            E foi assim que os meninos perceberam que tinham conhecido um fantasma e entenderam que não precisavam ter medo de fantasmas, pois esses, apesar de misteriosos, são do bem.
Heloísa Prieto. “Lá vem história outra vez: contos do folclore mundial”. São
Paulo. Cia das letrinhas, 1997 (texto adaptado para fins didáticos).


INTERPRETANDO O TEXTO

1) Assinale a alternativa correta:
a) No início do texto, onde estavam os personagens?
( )Os garotos estavam na escola, brincando no recreio.
( )Os garotos estavam na porta do cemitério.
( ) Os garotos estavam sentados na varanda na casa de um deles.

b) Por que os meninos decidem ir ao cemitério?
( ) Para acompanhar um enterro.
( ) Devido a uma aposta que fizeram valendo uma bola de futebol.
( ) devido a uma aposta que fizeram valendo uma bola de basquete.

c) O que era necessário para ganhar a aposta?
( ) Atravessar a rua e bater a mão no portão do cemitério.
( ) Atravessar a rua e entrar no cemitério.
( ) Atravessar a rua e chamar pelos fantasmas pelo portão do cemitério.

d) Depois de se encostar no portão, o que aconteceu ao garoto?
( ) Sua mão ficou presa no portão, mas ele conseguiu se soltar rapidamente.
( ) Sua mão ficou presa, ele gritou e desmaiou em seguida.
( ) Sua mão ficou presa, ele ficou mudo e desmaiou em seguida.

2) O médico fantasma é uma história sobre medo, um “Conto de assombração”. Descreva o momento mais assustador da história.

3) Você ficou com medo? Por quê?

4) Como os meninos perceberam que o velhinho era um fantasma?

5) Por que será que o desafio era ter que ir ao cemitério à noite? Você aceitaria este desafio?Por que?

6) Você já passou por uma situação assustadora? Era um medo real ou imaginário? Conte aqui a sua história.





                        A ÁRVORE
            A ÁRVORE TEM UM AMIGO MUITO ESPECIAL, O PASSARINHO.
            CERTO  DIA, A ÁRVORE  AO  VER  O  PASSARINHO FALOU:
            ___ AMIGO  PASSARINHO, VOCÊ  É  MUITO  IMPORTANTE PARA MIM.  VOCÊ  CARREGA  AS  SEMENTES  E  COME  OS  BICHOS QUE ESTRAGAM  AS  MINHAS  FOLHAS.
            O  PASSARINHO  PIOU  E  DISSE:
            ___ ÁRVORE   AMIGA,  EU  LHE  DEVO  MINHA  VIDA.  AQUI EU FAÇO O MEU  NINHO.  AQUI  EU PEGO  A  MINHA  COMIDA, AQUI EU FICO SEGURO   DOS  PERIGOS.
            A ÁRVORE LOGO DISSE:
            ___ NESSA VIDA, UM AMIGO AJUDA O OUTRO.


RESPONDA:

A) QUAIS SÃO OS PERSONAGENS DESTA  HISTÓRIA?

B) QUEM É O AMIGO ESPECIAL DA ÁRVORE ?


C) QUAL É A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES PARA NÓS?


D) VOCÊ JÁ AJUDOU ALGUÉM? ESCREVA COMO FOI ESSA AJUDA.








               A PORTA
                                           VINÍCIUS DE MORAES
EU SOU FEITA DE MADEIRA
MADEIRA, MATÉRIA MORTA
MAS NÃO HÁ COISA NO MUNDO
MAIS VIVA DO QUE UMA PORTA.

EU ABRO DEVAGARINHO
PRA PASSAR O MENININHO
EU ABRO COM CUIDADO
PRA PASSAR O NAMORADO
EU ABRO BEM PRAZENTEIRA
PRA PASSAR A COZINHEIRA
EU ABRO DE SUPETÃO
PRA PASSAR O CAPITÃO.

SÓ NÃO ABRO
PRA ESSA GENTE QUE DIZ
QUE SE UMA PESSOA É BURRA
É BURRA COMO UMA PORTA.

EU SOU MUITO INTELIGENTE!
EU FECHO A FRENTE DA CASA
FECHO A FRENTE DO QUARTEL
FECHO TUDO NESSE MUNDO
SÓ VIVO ABERTA NO CÉU.


RESPONDA:

1 ) DE QUAL MATERIAL A PORTA É FEITA?
R:____________________________________________

2) QUEM PASSA PELA PORTA QUANDO ELA É ABERTA DEVAGARINHO?
R: ______________________________.

3) COM QUAL ANIMAL ALGUMAS PESSOAS COMPARAM UMA PORTA?

( ) UM CACHORRO
( ) UM CAVALO
( ) UM BURRO

4) QUAL É A QUALIDADE DA PORTA CITADA NO TEXTO?


5) EM QUAL LOCAL A PORTA VIVE ABERTA?


6) SE UMA CASA TEM 14 CÔMODOS E APENAS 3 NÃO TEM PORTAS, QUANTAS PORTAS TEM ESTA CASA?






                    ESTRELÍSSIMA
            Era uma estrelinha bem pequenina, vivia perdida, lá no céu, no inicio das galáxias cheias de estrelas. Um dia, a estrelinha acordou muito triste, olhando o sol, e ficou lá estrelando os seus pensamentos.
            - O que adianta meu brilho? Eu sou tão pequena, tem tanta estrela bonita brilhando no céu. Veja a estrela-d´alva, as três Marias, todas estrelas importantes. Se elas de repente sumirem do céu todo mundo vai ficar preocupado.
            - Eu não. Ninguém sabe que eu existo, acho que eu vou parar de brilhar.
            E cada dia foi brilhando menos. Parecia um vaga-lume no mato. Não prestava mais atenção ao nascer e ao pôr-do-sol. Não ligava para as fases da lua, tanto fazia se era lua cheia, nova, quarto crescente ou minguante.
Ela só queria dormir no infinito. Até que um dia o sol que cuida muito das estrelas ficou preocupado com a fraqueza do seu brilho e mandou um dos seus raios conversar com ela.
            O raio ficou calado um tempão.  Depois falou sorrindo:
            - O que seria do céu se todas as estrelinhas pensassem assim?
O brilho do céu depende da soma de todas as estrelinhas. Todas são importantes. Nenhuma luz pode se apagar do céu.
            - O destino da estrela é brilhar!!!!!!!!!
            O raio de sol foi embora e, naquela noite, quando a escuridão chegou a estrelinha olhou para o céu e viu todas as suas irmãzinhas brilhando, formando um imenso tapete de luz. E sorrindo, modestamente falou:
            - Vou brilhar de novo, minhas irmãs.
            E a estrelinha brilhou e até hoje brilha pequenininha, na imensidão do céu escuro alegremente.

Atividade
A)Copie o texto usando a letra cursiva
B)Dê o significado das palavras escritas em negrito e sublinhadas de acordo com o dicionário.
C)Faça uma linda ilustração do texto.









                O que fazer com a fábrica de mamona?
            Numa cidade do interior de São Paulo existe uma fábrica de óleo de mamona.
            O óleo de mamona é muito usado como lubrificante.
            A fábrica fica numa cidade pequena, de aproximadamente 8 mil habitantes, onde 2 mil desses trabalham de alguma forma com a mamona, seja na lavoura, na fábrica ou na comercialização.
            Acontece que a fumaça que sai das chaminés dessa fábrica deixa o ar contaminado.
            O único hospital da cidade não dá conta de atender as pessoas com problemas respiratórios e alérgicos que por lá aparecem diariamente.
            O prefeito da cidade tem muitas dúvidas sobre o que fazer, pois se ele proibir a fábrica de funcionar, estará promovendo desempregos, mas se a fábrica continuar funcionando desse jeito, mais pessoas ficarão doentes.
            O prefeito então, decidiu consultar os vereadores, que lhe apresentaram as seguintes sugestões:
1)Exigir que os donos das fábricas coloquem filtros nas chaminés e multa-los em caso de desobediência.
2)Exigir que a fábrica mude para uma área industrial a ser construída num bairro distante da área urbana da cidade.
3)Construir mais hospitais para atender os doentes com problemas respiratórios.
4)Exigir que a fábrica diminua a produção, diminuindo assim, a poluição na cidade.
5)Exigir que toda a população use máscaras contra a poluição.


Interpretaçao
1- Que problema ambiental o texto de refere?
2- Por que o prefeito tinha dúvidas sobre o que fazer com a situação
3- Que doenças esse problema ambiental estava causando na população da cidade
4- No que a mamona é transformada na fábrica?
5- Das sugestões dadas pelos vereadores, qual você acha que deve ser aprovada pelo prefeito? Justifique sua resposta.



           QUEIJO
EU SOU O QUEIJO!
UM ALIMENTO BEM GOSTOSO DE COMER.
POSSO SER DE VÁRIOS TIPOS,
VOCÊ DEVE CONHECER.


1-Escreva o nome do alimento que se fala no poema:

________________

2-Pinte de azul as palavras que rimam no poema:

3-Circule uma palavra contida em:

QUEIJO

4-Vamos juntar as sílabas e formar palavras:

QUEI MA- ______________

QUA LI DA DE - ___________________

A QUE LE - _____________________

QUI LO - ____________________

5- Escreva abaixo a maior palavra que você formou:








             O QUE SÃO DINOSSAUROS
            O QUE SÃO DINOSSAUROS?
 
            MUITO  TEMPO  ANTES  DE  O HOMEM  APARECER NA TERRA, QUEM  REINAVA  NO  PLANETA  ERAM  OS  DINOSSAUROS.
ESSES  GRANDES  RÉPTEIS,  QUE  VIVERAM  HÁ 220 MILHÔES DE ANOS, TINHAM  PELE  RÍGIDA  E  ESCAMOSA,  GARRAS  PODEROSAS E COLOCAVAM  OVOS  PARA  SE  REPRODUZIR.
            ALGUNS  CIENTISTAS  ACREDITAM  QUE  ELES  POSSUÍAM SANGUE  QUENTE.  OU SEJA,  NÃO  DEPENDIAM  DO  MEIO AMBIENTE E DO CLIMA  PARA  FICAREM   AQUECIDOS.
            OS  DINOSSAUROS  CAMINHAVAM  COM  AS  PATAS EMBAIXO DO CORPO, COMO  MAMÍFEROS,  SOBRE  DUAS  OU  QUATRO PATAS. ALGUNS  ERAM  BEM  LENTOS,  MAS  OUTROS  CORRIAM BEM RÁPIDO. TAMBÉM  SE  ALIMENTAVAM  DE  MODO  DIFERENTE:  UNS GOSTAVAM DE  PLANTAS (OS HERBÍVOROS),  OUTROS  PREFERIAM CARNE (OS CARNÍVOROS)  E  UM  TERCEIRO  GRUPO,  TANTO  DE  PLANTAS QUANTO  DE  CARNE  (OS ONÍVOROS).
                               TUDO SOBRE...DINOSSAUROS. SÃO PAULO, DCL, 2006.
1- RESPONDA:

A) QUE TIPO DE ANIMAL ERAM OS DINOSSAUROS?

( ) MAMÍFEROS ( ) ANFÍBIOS ( ) RÉPTEIS

B) COMO ERAM OS DINOSSAUROS?

C) O QUE SIGNIFICA POSSUIR “SANGUE QUENTE”?

2- COMO SE CHAMAM OS ANIMAIS QUE SE ALIMENTAM DE:

PLANTAS:___________________________________________

CARNE:_____________________________________________

PLANTAS E CARNE:__________________________________

3- QUANTOS PARÁGRAFOS TEM ESSE TEXTO? _______________

4- COPIE DO TEXTO A PARTE QUE INFORMA O MODO COMO OS DINOSSAUROS CAMINHAVAM:






                 A LAGARTIXA DA AREIA

(ADAPTADO DE CIÊNCIA HOIJE DAS CRIANÇAS, N° 65, DEZ 1996)


            A lagartixa-da-areia é pequenininha, sua cor é cinza, e ela vive em algumas praias do Rio de Janeiro.
            A lagartixa-da-areia está em perigo! Além do lixo que está sendo jogado nas praias, as pessoas destroem a vegetação onde ela se esconde. E, se a vegetação acabar, a lagartixa-da-areia vai sumir!
            A lagartixa-da-areia tem um papel muito importante na Natureza. Como ela só consegue viver em lugares limpos, sem poluição, toda vez que nós encontramos uma lagartixa-da-areia na praia podemos ter certeza de que o lugar está limpo. Por isso, os lugares onde ela vive precisam ser preservados.
            Você pode ajudar. Proteja a vegetação das praias, não arranque plantas nem pise nelas, e só jogue lixo nas latas e sacos feitos para lixo.


Responda, em seu caderno, de acordo com o texto:

1) Escreva contando como é a lagartixa-da-areia:
2) Onde ela vive?
3) Por que a lagartixa-da-areia está ameaçada de desaparecer?
4) Qual é o papel da lagartixa-da-areia na natureza?
5) O que devemos fazer para proteger os animais que estão em perigo?







                                                     A onça-pintada

            A onça-pintada é considerada como o símbolo da coragem. É muito temida por todos os animais.
            Move-se, silenciosamente, com a cabeça baixa. É difícil perceber quando vai atacar porque seu pêlo, cheio de manchas, confunde-se com o mato.
            Ela nada nos rios e riachos.

Responda em seu caderno
a) Como a onça pintada é considerada?

b) Marque as respostas corretas:

A onça pintada é temida por todos os animais. Isso quer dizer que:

( ) É uma ótima caçadora e muito feroz.
( ) É um animal calmo.
( ) Ela nada nos rios e riachos.


c) Por que é difícil perceber a sua presença?

d) Por que ela pode desaparecer do planeta?

Risque o  que mostra sobre o que o texto fala:

( ) Informações sobre a onça.
( ) O desaparecimento das onças.





                  O CADERNO

Sou eu que vou seguir você
do primeiro rabisco até o bê-a-bá
em todos os desenhos coloridos vou estar
a casa, a montanha, duas nuvens no céu
e um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega,
seus problemas ajudar a resolver
te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei de você confidente fiel,
se seu pranto molhar meu papel.
Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.
O que está escrito em mim comigo
Ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer.
Toquinho. CD Casa de Brinquedos. Polygran, 1995

Interpretando o Texto

1- Identifique os pares de rimas presentes.

2-O texto O caderno está organizado em 4 estrofes com 5 versos cada. Agora responda: que tipo de texto é?

3-Quem é o personagem principal do texto?

4-Encontre no texto trechos que revelem os seguintes sentimentos ou atitudes: companheirismo, solidariedade, tristeza, amizade e fidelidade.
5- Se o seu caderno pudesse falar, o que você acha que ele lhe diria?

6- E você, o que responderia para ele?





                
                     JOÃO-DE-BARRO ENGENHEIRO
                                       (Adaptado de André de Carvalho)

            Dona Graúna era a professora velha e boazinha que ensinava às avezinhas da floresta a ler, escrever e contar. Tinha os olhos pequenos e óculos enorme por cima do nariz e, quando se zangava, ficava de cara vermelha e agitava as asas.
            Acontece que, quase sempre, dona Graúna estava de cara vermelha e agitando as asas, porque todos os seus alunos eram levados da breca. Todos, não. Havia Joãozinho, um pássaro pardo e estudioso, que ficava quieto, prestando atenção à aula, enquanto os outros faziam estripulia.
            Dona Graúna elogiava: “Este Joãozinho vai longe... É aluno como os do meu tempo”. E aí ficava falando duas horas de como era no tempo dela.
            Enquanto os outros alunos pintavam os nomes nas paredes, saltitavam de carteira em carteira, cochichavam recados, sujavam os móveis e faziam artimanhas, o Joãozinho estudava.
            E, quando não estava na aula estudando, quase nunca acompanhava os colegas pelos passeios na floresta. Tinha uma mania esquisita e todos riam dele. Joãozinho gostava de ficar brincando com barro. Ia para a beira dos regatos e ficava amassando barro, bom o bico, fazendo coisas. Um dia, quando o Pintassilguinho o viu brincando, pôs-lhe um apelido gozado: João-de-Barro.             Depois disto, todo o mundo na escola passou a chamá-lo assim. Mas Joãozinho não se importava com o apelido e, para dizer bem a verdade até gostava dele.
            Uma manhã, saiu de casa com aqueles planos todos e, escolhendo um jenipapeiro bem bonito, começou a trabalhar. Ia ao regato, amassava barro e o trazia no bico, até o galho escolhido, no pé de jenipapo. Seus antigos colegas, como sempre, passaram por ali e riam dele. Achavam muito engraçado aquelas paredes fracas que o Joãozinho estava erguendo, no alto da árvore.
            Mas, depois de um mês, ninguém mais ria. Até pelo contrário, todos tinham os olhos arregalados de espanto: Joãozinho havia construído, no alto da árvore, um palacete, com dois andares, portas e tudo. E havia se mudado de um feio ninho de capim – como os de todos os seus amigos – para aquela casinha linda!
            Ah! Aí é que foi. Nunca a passarela da floresta teve tanta inveja. Mas o que fazer? Nenhum dos outros passarinhos tinha sido bom estudante e nem tinha conhecimentos e técnica para fazer planos e projetar uma casinha daquelas. E tiveram mesmo de se contentar em continuar vivendo em ninhos de capim.
            Até hoje, só João mora em casa de barro sólida e bonita. E é o único pássaro arquiteto da natureza.


VOCABULÁRIO

1. Assinale a expressão que tem o mesmo significado das expressões abaixo:
a) Todos os alunos de dona Graúna eram levados da breca.
( ) eram muito comportados.
( ) eram um pouco bagunceiros
( ) eram muito bagunceiros
b) “...e, para dizer bem a verdade até gostava dele”.
( ) falar francamente
( ) falar com alegria
( ) falar com tristeza

c) Dona Graúna agitava as asas quando se zangava.
( ) fechava as asas
( ) encolhia-se toda
( ) mexia as asas

2. Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, observando os antônimos:
(Cuidado! Vão sobrar parênteses!)
( 1 ) velha                                           ( ) terminou
( 2 ) estudioso                                    ( ) falavam alto
( 3 ) cochichavam                              ( ) iniciou
( 4 ) trazia                                          ( ) falavam baixo
( 5 ) começou                                    ( ) vadio
                                                          ( ) nova
                                                          ( ) levava



Interpretação

1. Leia atentamente o texto.

2. Complete:

O texto é formado de ____ parágrafos. Numere-os.

3. Copie do texto o elogio de Dona Graúna a João-de-Barro.
___________________________________________________________________________________________________________________________­­­

4. Numere de 1 a 5, pela ordem dos acontecimentos no texto:
( ) Os pássaros sentem inveja de João-de-Barro.
( ) João-de-Barro inicia a construção de sua casa.
( ) Os pássaros zombam de João-de-Barro.
( ) João-de-Barro passa a morar numa casa de barro.
( ) João-de-Barro dedica-se ao estudo.

5. Numere a 2ª coluna pela 1ª:

(
1 ) Os pássaros sentiram inveja de Joãozinho       ( )porque ele era bom aluno.
( 2 ) Dona Graúna elogia Joãozinho                         ( )quando viram sua casa.
( 3 ) Os outros pássaros brincavam                         ( )depois que construiu sua     nova casa
( 4 ) João-de-Barro deixou o ninho de capim           ( ) porque não se interessava
      pelos estudos.